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O Mofo Branco Silenciosamente Ocupando seu Espaço nas Lavouras do Cerrado. (Guaimbê)

10/05/2015 - Por evaldo kazushi takizawa
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O Mofo Branco silenciosamente ocupando seu espaço nas lavouras do Cerrado.

* Evaldo Kazushi Takizawa 

Na cultura da soja a Ferrugem Asiática e no algodão a Ramulária ocupam posição de destaque no cenário das doenças, mas uma outra doença avança lentamente, o Mofo Branco.

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As terras altas do Cerrado mato-grossense com as chuvas abundantes, a temperaturas noturnas amenas e as culturas de soja, algodão, feijão comum, feijão caupi, crotalária, girassol,formam o “triângulo” necessário para o Mofo Branco apresentar toda sua capacidade de destruição.

O avanço de focos do Mofo Branco, principalmente nas áreas com intensificação da agricultura com duplos cultivos como soja e algodão, soja e feijão, soja e girassol, soja e crotalária entre outros, a evolução da doença que pode ser explicada pela falta de critérios para evitar a introdução da Sclerotinia sclerotiorum, agente causal do Mofo Branco.

A qualidade duvidosa das sementes utilizadas pode ser o grande “vilão” responsável pela introdução desta terrível doença numa área livre, depois de infectada os tratos culturais e a falta de um programa de boas práticas agronômicas se encarregam de disseminar o inóculo por toda área.

Estima-se que em 2013 uma área de 1.000.000 de hectares ou 12,8% da área cultivada com soja no Mato Grosso estavam infectadas com Mofo Branco, considerando o alto custo de controle químico, esta ocorrência é um “prato cheio” para todo tipo de proposta, desde produtos milagrosos aos métodos racionais de controle e convívio.

A cada nova barreira que surge na agricultura são necessários procedimentos cada vez mais amparados nos conceitos agronômicos, isso é bom para os profissionais capacitados, mas é claro torna a agricultura mais difícil e arriscada.

O conceito de rotação de cultura toma uma dimensão mais ampla, pois pensando no Mofo Branco a alternância de cultivos ou mesmo quando cultivados em ciclos distintos culturas como a soja e algodão ou soja e feijão não têm valor como rotação de culturas para reduzir os problemas do Mofo Branco.

Considerando que um procedimento de combate eficiente do Mofo Branco quando se utiliza o controle químico são necessários a dose certa, o momento certo de controle, o número certo de aplicações, o intervalo certo e a tecnologia de aplicação certa,  tantos “Cs” ou procedimentos assertivos fazem que também haja o engenheiro agrônomo CERTO para atender os agricultores.

* Evaldo Kazushi Takizawa (Guaimbê F90), Engenheiro Agrônomo, F 1990 é Sócio da Ceres Consultoria Agronomica, Sócio Mantenedor da ADEALQ e Ex Morador da Republica SS Pau Torto
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