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A AMAZÔNIA E A QUESTÃO DO DESMATAMENTO - O CENTRO DO MUNDO

11/08/2019 - Por alberto nagib vasconcellos miguel
Atenção: Os textos e artigos reproduzidos nesta seção são de responsabilidade dos autores. O conteúdo publicado não reflete, necessariamente, a opinião da ADEALQ.

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Recebi neste Dia dos Pais uma mensagem de um grande amigo e colega de profissão, cujo conteúdo era um discurso proferido pela jornalista Eliane Brum, com o título “Amazônia é o Centro do Mundo”, publicado no jornal El País, e proferido em 12 de julho deste ano.

A jornalista, também escritora e documentarista, bem como integrante do comitê fundador, consultivo e julgador do Rainforest Jornalism Fund, faz um arrazoado de todas as mazelas que o homem branco (no texto, homem branco é qualquer indivíduo, independente da cor da pele, cujas características comportamentais se aproximam das que convencionamos chamar de “ocidentais”, ou “européias”) causou e causa na Amazônia e os efeitos que essas mazelas estão causando no mundo, bem como as consequências desastrosas que tais mazelas trarão em longo prazo à população do mundo, atacando frontalmente o Bolsonarismo e sua “tropa de choque”, cujo aparente ataque via mídia tradicional e social tem por objetivo dizimar aquela região, trazendo bonanza aos já abastados cidadãos da direita insana e aos chefes de quadrilha (ditos grileiros e madeireiros ilegais) que dominam a região.

Eu, que não entendo nada de política, religião e todas as complexidades desta nossa revolução social, olhei para o texto com olhos de quem tem interesse no futuro das nossas próximas gerações. E me veio à mente uma das palavras mais batidas e atualmente odiadas por todos (de tanto usarem a mesma, creio eu): sustentabilidade.

E com ela, a certeza de que tal discurso não vai causar efeito algum que possa resolver a questão, por que os ouvidos dos que estavam presentes ao discurso já estavam cansados de ouvir o mesmo arrazoado e, portanto, não precisavam de reforço, mas os ouvidos dos que nunca ouviram não seriam demovidos por ele porque o uso de palavras-chave, tais como “comunidades indígenas”, “quilombolas”, “destruição, ruínas” e tantas outras, causam repulsa e segregação, jamais trazendo a sociedade para uma discussão centrada em seus objetivos como sociedade.

Para que tenhamos uma sociedade sustentável, precisaremos eliminar tais palavras e pensar como uma entidade única, cujos participantes tem origem na diversidade (sejam elas quilombolas, comunidades indígenas, brancos, pardos, muçulmanos ou cristãos) mas com objetivos comuns, razão pela qual fazem parte desta sociedade. E para que seja sustentável, aqui vai uma analogia simples que ajudará a todos no processo de tomada de decisão quando em busca desta tal “sustentabilidade”:

Sustentabilidade é o assento de um banquinho de três pernas: uma perna é a Economia, outra é o Ambiente e a outra a Sociedade.

Não adianta tentarmos “corrigir” uma perna sem que saibamos o que acontecerá com as outras pernas, ou que deixemos para corrigir as outras pernas depois que corrigimos a primeira. O banquinho vai cair. Se cortarmos uma perna ou se a aumentarmos, sem que façamos o mesmo nas outras, estaremos, como sociedade, no chão. Assim, para que o assento se mantenha na posição correta, precisaremos tomar decisões cujos efeitos sejam favoráveis às três pernas AO MESMO TEMPO. E para nos ajudar a tomarmos tais decisões, temos Gerenciamento Holístico, cujos princípios vocês podem apreender visitando meu blog: www.gerenciamentoholistico.blogspot.com

Aos que quiserem discutir mais a fundo essa ferramenta, me coloco à disposição através do e-mail:

jeepF84@gmail.com

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