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A Colheita de Algodão no Cerrado Mato-Grossense (Guaimbê)

04/08/2015 - Por evaldo kazushi takizawa
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Evaldo Kazushi Takizawa (Guaimbê)

O mês de junho marcou o início da colheita de algodão no Mato Grosso, neste momento com mais da metade da área colhida ainda é uma incógnita os resultados desta primeira etapa da safra, pois os resultados se confirmam após a passagem do algodão pelo beneficiamento ou descaroçamento, ainda não sabemos como será os atributos da qualidade do algodão e o rendimento de fibras.

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A safra foi marcada por estiagem em meses tradicionalmente chuvosos e chuvas em meses secos, houve a consagração das plantas transgênicas tolerantes a glufosinato, glifosato e com o gene Bt, foi o segundo ano depois que a Helicoverpa armigera foi confirmada no Brasil, houve a expansão do sistema de colheita mecânica "round module", ano em que muitos agricultores questionaram a eficácia do gene Bt para controle de Spodoptera ou a seleção de pragas resistentes a essa transgenia, ocorreu um ano histórico na presença do bicudo do algodoeiro e agora a identificação do Amaranthus palmeri.

Realmente todos estes eventos numa mesma safra faz da agricultura tropical uma atividade com fortes emoções, o desafio do algodão é sobreviver a todas essas ameaças frente aos baixos consumos da fibra de algodão que refletem nos preços baixos.

Todas as mudanças favoráveis ou não atuaram diretamente no aumento do custo de produção, neste cenário a grande lição é a necessidade de atitudes conjuntas e organizadas em busca de formas racionais de produção do algodão.

A história mostra que apenas as sociedades organizadas evitaram que o algodão agisse como uma cultura "nômade" migrando de região a região quando os recursos de produção se esgotam.

Evaldo Kazushi Takizawa (Guaimbê F90), Engenheiro Agrônomo, F 1990 é Sócio da Ceres Consultoria Agronomica, Sócio Mantenedor da ADEALQ e Ex Morador da Republica SS Pau Torto

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