A falta do programa de biossegurança na agricultura de grão.

No Cerrado Brasileiro estamos vivenciando uma fase de progressos gradativos na produtividade de grãos e nem sempre o resultado do volume de grãos por hectare é um indicador de eficiência do sistema agrícola, uma vez que esses resultados estejam acompanhados do aumento da degradação da natureza e explosões populacionais de pestes.

Entre os fatores de produção agrícola de maior desgaste junto as opiniões das comunidades urbanas são os consumos indiscriminados de insumos como fertilizantes, produtos químicos, combustíveis fósseis e água na irrigação sem amparo de um programa de acompanhamento de profissionais habilitados.

Agora no Cerrado brasileiro estamos numa onda de uso do controle biológicos com a proposta de produtos de origem biológica como se fossem totalmente inofensivos, a falta da consciência da biossegurança na agricultura pode ser um caminho para introdução de contaminantes biológicos ou então colocar em risco a saúde dos colaboradores envolvidos com o manuseio e produção destes produtos sem critérios técnicos.

A falta de um programa de biossegurança na agricultura de grãos pode estar dando a oportunidade de agentes biológicos atuarem nocivamente junto a nossa lavoura ou colocando em risco os trabalhadores nestas áreas, esse exemplo é apenas uma pequena parte do que podemos entender como biossegurança na agrícultura de grãos e merece um alerta a todos os envolvidos.

O conceito mais abrangente do programa de biossegurança pode ir muito além daquilo que se executa atualmente e é preciso uma ação organizada e conjunta para agir preventivamente, a biossegurança deve ser uma pauta permanente na agricultura, assim como planejamos o uso de insumos como fertilizantes, sementes e defensivos agrícolas.

Guaimbê (Evaldo Kazushi Takizawa) - Engenheiro agrônomo F90.

Ex-morador da república SS Pau Torto.