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Agrodestaque entrevista Adriana Patricia Ricci, engenheira agrônoma (F-1996)
08/09/2016 - Por adriana patricia ricciAtenção: Os textos e artigos reproduzidos nesta seção são de responsabilidade dos autores. O conteúdo publicado não reflete, necessariamente, a opinião da ADEALQ.
Atuação profissional
Sou formada em Engenharia Agronômica pela ESALQ, em 1996, e tenho Pós-graduação em Fitotecnia (1998 a 2001), também pela ESALQ, com ênfase em Biotecnologia.
Desde o terceiro ano de curso, fiz estágio na área de Fruticultura, e fui uma das fundadoras do Pro-Horti (Frente Parlamentar Mista em Defesa do Segmento de Hortifrutiflorigranjeiros).
Iniciei minha carreira profissional na Monsanto como Agrônoma de Desenvolvimento de Produtos, em 2001. Mudei-me para Santa Maria (RS), onde era responsável por ensaios para avanço de soja, milho e sorgo mais adaptadas para a metade sul do estado.
Em 2003, mudei de área na Monsanto e assumi a coordenação de registro de sementes e traits.
Em 2004, assumi a coordenação de registro de agroquímicos, onde fiquei até 2006.
Em outubro de 2006, mudei de empresa e fui trabalhar na “ARCH Química” como coordenadora de registro de saneantes. Fiquei lá até 2008.
Em 2008, voltei para o mundo agro ao assumir a gerência de registro de herbicidas na Bayer CropScience. Em 2012, assumi a Gerência de Desenvolvimento Sustentável da empresa e, em 2014, assumi a gerência de Stewardship.
A que área ou setor se dedica atualmente? Descreva as atribuições do cargo que ocupa. Qual a importância delas para o mercado?
Hoje, sou Gerente de Stewardship Brasil na Bayer. Stewardship é a gestão responsável e ética de todos os produtos de proteção de cultivos, desde o seu desenvolvimento e durante todo ciclo de vida.
Meus principais objetivos são:
§ Minimizar os riscos potenciais relacionados à utilização dos nossos produtos, tanto para a saúde humana como para o meio ambiente.
§ Maximizar os benefícios que são derivados do uso correto de nossos produtos para o produtor.
Tenho responsabilidade no:
§ Pré-Registro de produtos, montando o Plano de Mitigação de Risco e contribuindo com a construção da bula a fim de garantir a mitigação do risco.
§ Registro/Lançamento, preparando o material de propaganda a fim de informar riscos e medidas de mitigação e treinando as equipes internas e externas.
§ Pós-Lançamento, implantando os planos de mitigação de risco; realizando os treinamentos necessários para garantir a segurança do produtor e da lavoura; fomentando o uso seguro de nossos produtos para as culturas, pessoas e meio ambiente.
Quais os principais desafios desse setor?
Hoje, os desafios são inúmeros. As exigências regulatórias estão cada vez mais restritivas aos usos de agroquímicos; o Ibama iniciou a reavaliação ambiental de produtos já registrados; a Anvisa está revendo a legislação para registro de agroquímicos e as mídias sociais divulgam rapidamente qualquer incidente ou acidente com agroquímicos, algumas vezes de maneira sensacionalista e sem avaliar de fato o ocorrido. Sendo assim, nosso trabalho está cada vez mais em evidência a fim de educar e conscientizar os trabalhadores rurais para o manejo correto e seguro dos produtos.
Que tipo de profissional esse mercado espera?
Nesta área trabalham normalmente agrônomos com perfil de liderança, trabalho em equipe, visão estratégica e facilidade em gestão de conflitos.
Entrevista concedida a Alessandra Postali, estagiária de Jornalismo, 07/08/15
Fonte: Site ESALQ