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AGROdestaque entrevista Daniela Bacchi Bartholomeu, economista (F-2001)

15/06/2012 - Por ana carolina miotto
Atenção: Os textos e artigos reproduzidos nesta seção são de responsabilidade dos autores. O conteúdo publicado não reflete, necessariamente, a opinião da ADEALQ.

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Atuação profissional
Professora do Departamento de Economia, Administração e Sociologia da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" (USP/ESALQ), formou-se na primeira turma de economia da Escola e, em seguida, concluiu o mestrado e o doutorado na área de transportes e meio ambiente. Em 2005, trabalhou no Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), no setor de economia e meio ambiente. Foi uma das primeiras pesquisadoras do Instituto para o Agronegócio Responsável (ARES), em São Paulo, onde permaneceu por cerca de dois anos. Em 2009, entrou para o Grupo de Pesquisa e Extensão Logística Agroindustrial (ESALQ-LOG), do qual, hoje, é uma das coordenadoras.

Quais suas principais atribuições no grupo ESALQ-LOG? 
Como uma das coordenadoras do Grupo, minha principal atividade é a gestão de projetos temáticos, estudos específicos relacionados a alguma demanda de instituições públicas ou privadas voltados à logística do transporte de produtos agroindustriais. Nesta função, a gestão, além de técnica, também engloba aspectos financeiros, coordenação de equipes, acompanhamento e avaliação dos trabalhos, feedbacks, enfim, todas as atividades necessárias para o desenvolvimento de um trabalho de qualidade, garantindo o respeito aos prazos estabelecidos. Também desenvolvo atividades ligadas ao planejamento e à organização de eventos, elaboração de artigos, propostas e discussão de projetos. Por meio do Conselho Administrativo, também atuo diretamente na Gestão do Grupo como um todo. Em outras palavras, uma vez definidas as diretrizes, meu papel é fazê-las tornarem realidade. Isso envolve planejamento, liderança, trabalho em equipe e visão sistêmica.

Como se dá a relação do grupo ESALQ-LOG com o mercado?
O Grupo atua muito próximo ao mercado. Possui atividades que acontecem de maneira independente e, simultaneamente, desenvolve trabalhos visando atender às demandas específicas de instituições públicas e privadas no setor de transporte. Levantamos e publicamos dados primários de valores de fretes de produtos agrícolas e tarifas de armazenagem, desenvolvemos estudos, pesquisas e artigos na área de logística do transporte agroindustrial e oferecemos cursos e seminários com o intuito de aproximar academia e mercado e transferir conhecimento. Assim, nossa atuação é muito próxima do mercado. Procuramos reduzir as assimetrias de informação, provendo dados e elaborando estudos de qualidade.

Quais os principais desafios desse setor?
A logística de transporte de produtos agrícolas tem certas qualidades que a torna particular. Em primeiro lugar é preciso entender as características do mercado do produto, como sua sazonalidade de preços e produção e comercialização. Em segundo, entender as particularidades do mercado de transporte e como é possível tornar a logística uma aliada nas estratégias de escoamento. O mercado é extremamente competitivo, portanto, estratégias que promovam aumento da eficiência no transporte, consequentemente redução nos custos, acabam sendo de extrema importância para a sobrevivência das empresas do setor. Além desse desafio, é importante destacar que a infraestrutura de transporte também deixa a desejar, tanto no quesito qualidade quanto quantidade. Cerca de 60% das cargas são movimentadas por rodovias, percorrendo distâncias extremamente elevadas. Esses desafios ligados ao mercado e à infraestrutura acabam sendo determinantes para a definição das estratégias e sobrevivência das empresas do setor.

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