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AGROdestaque entrevista Eduardo Brito Bastos, engenheiro agrônomo (F-1996)

14/09/2012 - Por ana carolina miotto
Atenção: Os textos e artigos reproduzidos nesta seção são de responsabilidade dos autores. O conteúdo publicado não reflete, necessariamente, a opinião da ADEALQ.

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Atuação profissional
Após formar-se, cursou especialização em Marketing pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e Gestão de Negócios na Fundação Dom Cabral (FDC). Iniciou a carreira na Novartis. Em seguida, trabalhou na Rhodia Agro (incorporada na Aventis), na Bayer CropScience e no inpEV. Hoje é líder de relações institucionais da Dow AgroSciences.

Qual a função de um líder de Relações Institucionais na Dow?
Eu faço a ponte entre diferentes atores chave do setor agropecuário e entre os projetos mais estratégicos da Dow AgroSciences e sua controladora, a Dow Chemical. Como RI da Dow, também acumulo a mesma função em duas entidades ligadas ao setor pecuária, a Associação dos Profissionais de Pecuária Sustentável (APPS), voltada para a geração e difusão de conhecimento e o Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável (GTPS), que é mais estratégico e, atualmente, a maior aliança multistakeholder no mundo para a pecuária. 
Meu trabalho consiste em identificar as necessidades da empresa e dos setores onde ela atua e harmonizar o relacionamento desses atores de maneira a trazer benefícios a todos. Também faço a defesa de interesses da empresa e do setor, assim como soluciono crises setoriais ou locais e busco construir a reputação da empresa e das coalizões nas quais ela participa e se engaja.

Quais os principais desafios desse setor?
O setor químico, de defensivos agrícolas e de biotecnologia, atualmente são as duas plataformas mais relevantes da empresa que ainda sofrem muito com a falta de adesão de certos setores da sociedade que, em geral, são avessos às tecnologias, seja por desconhecimento ou ideologia. Ambos os temas são carregados de emoção e não raro tem seu debate desviado do campo científico para discussões acaloradas. É um desafio grande trazer o tema à tona pelo viés da ciência. Especificamente na pecuária, setor onde a Dow é uma das empresas referência no setor, o preconceito ainda prevalece em muitos formadores de opinião, muitas vezes pelos mesmos motivos dos defensivos/biotecnologia. O desafio também é trazer mais dados científicos e quebrar mitos reforçados ao longo dos tempos e, com isso, avançar em uma pecuária cada vez mais produtiva e sustentável.

Que tipo de profissional esse mercado espera? 
Esse mercado espera um profissional preparado para encarar questões controversas e que tenha, ao mesmo tempo, um bom embasamento técnico para saber direcionar as questões polêmicas que com certeza virão. Também precisa de habilidade de relacionamento interpessoal, para construir redes de valor que irão alavancar sua carreira e ajudar na construção de uma plataforma mais sustentável ao longo do tempo. Ninguém detém todo o conhecimento do mundo, mas cada vez mais se espera que os profissionais conheçam todas as pessoas que podem responder as mais variadas questões.

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