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AGROdestaque entrevista Helena Tundisi, engenheira agrônoma (F-1978)

23/11/2012 - Por ana carolina miotto
Atenção: Os textos e artigos reproduzidos nesta seção são de responsabilidade dos autores. O conteúdo publicado não reflete, necessariamente, a opinião da ADEALQ.

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Atuação profissional
Trabalhou como estagiária e bolsista no Instituto Biológico no Departamento de Micologia Fitopatológica. Após formar-se, fez mestrado em Ecologia pelo Instituto de Biociências da USP e pós-graduação Lato Sensu em Administração de Marketingpela Fundação Armando Alvares Penteado (Faap). Iniciou sua carreira na indústria de agroquímicos na equipe de pesquisa e desenvolvimento da antiga Ciba-Geigy Química AS, onde trabalhou por 16 anos gerenciando a equipe brasileira deRegulatory e Latino Americana. Em seguida, assumiu a função regional e o laboratório de resíduos em alimentos da equipe de Regulatory da Basf. Em 2005, entrou na Bayer CropScience, primeiro na área Regulatória do Brasil, depois na Diretoria da área de Pesquisa e Desenvolvimento. Hoje está na esfera regulatória brasileira e latino-americana. É autora de um livro sobre usos alternativos de energia, editado pela Atual Editora, hoje na 16ª edição.

Qual a importância da área de regulamentação em uma empresa?
A área de regulamentação de produtos de uma empresa, seja de produtos biológicos, agroquímicos ou biotecnologia, é estratégica e assessora o desenvolvimento de novos produtos, bem como as atividades de seus ciclos de vida existentes no mercado, de acordo com os regulamentos e normas vigentes no país. Essa área é responsável pela apresentação e defesa dos produtos aos órgãos registrantes, de acordo com os requisitos estabelecidos e estudos validados internacionalmente. Também é responsável por orientar proativamente a alta diretoria das companhias quanto às tendências regulatórias e potenciais impactos para os negócios da empresa. Funciona como a consciência das empresas, alertando sobre potenciais riscos e medidas de mitigação a serem adotadas em rotulagem, a fim de evitar acidentes em condições de campo.

Quais os principais desafios da área regulatória?
Acompanhar os desenvolvimentos regulatórios internacionais e estar atualizado quanto às avaliações de organismos internacionais relativos aos produtos de sua responsabilidade. Paralelamente, estar sempre pronto a responder às perguntas do governo brasileiro sobre os produtos, na tentativa de obter resultados positivos das avaliações governamentais em tempos compatíveis com os planos de negócio da empresa.

Que tipo de profissional esse mercado espera?
O mercado espera profissionais com base científica em agronomia, toxicologia e meio ambiente, mas que tenham, também, uma visão de impactos que decisões internacionais possam trazer ao mercado brasileiro. É importante que o profissional esteja conectado com os trâmites de importação e exportação de commodities e regras de barreiras não tarifárias. O conhecimento da legislação para produtos no Brasil é imprescindível, apesar de ser um material de difícil obtenção e consolidação. No entanto, já existem alguns cursos que se propõem ao treinamento de aspirantes que desejam atuar nessa área. O domínio de outro idioma é essencial, pois a maioria da documentação técnico-científica está disponível somente em inglês. O profissional deve ser uma pessoa que tenha facilidade em desenvolver relações de longo prazo e de confiança mútua.

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