AGROdestaque entrevista Henrique Vianna Amorim, engenheiro agrônomo (F-1966)

Atuação profissional
Em 1966 formou-se em Engenharia Agronômica. Concluiu seu mestrado na Ohio State University em 1970 e, no mesmo ano, ingressou como professor e pesquisador em tempo integral no Departamento de Química, área de Bioquímica, da ESALQ. Trabalhou durante 12 anos em pesquisas com café, na área de qualidade do grão, quando descobriu a enzima e o mecanismo da deterioração.
Em 1982, passou a atuar em tempo parcial na ESALQ e fundou a Fermentec, empresa que dá consultoria, faz pesquisa e treina pessoal em produção de álcool e açúcar.

A que área se dedica atualmente?
Atualmente continuo na presidência da Fermentec, que hoje conta com 54 colaboradores, sendo que 12 são sócios. A Fermentec tem três áreas: transferência de tecnologia (consultoria), treinamento de pessoal (mais de 300 técnicos por ano) e pesquisa. Um trabalho realizado na ESALQ, por Marina Biagi Barros, mostrou que a contribuição da Fermentec para o setor, em 30 anos, deu um retorno de sete bilhões de reais a 32 unidades das 170 em que a Fermentec trabalhou. A importância do setor sucroalcooleiro para o mercado é incontestável, principalmente agora que a sustentabilidade adquiriu importância fundamental para a vida animal na terra.

Quais os principais desafios desse setor?
Aumentar a eficiência, tanto na agrícola como na indústria, e diminuir custos. Entretanto é bom lembrar que o Governo ainda precisa estabelecer uma política energética no país, que esteja alinhada com esta sustentabilidade que o setor pode e deve implementar.

Que tipo de profissional esse mercado espera?
Com rápido crescimento do setor nos últimos dez anos, ocorre falta de mão de obra em todos os níveis, desde pessoal especializado na área técnica, agrícola e industrial, como na área de gestão. O mercado espera por esses profissionais.