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AGROdestaque entrevista José Luís Duarte Coelho, engenheiro agrônomo (F-1985)

05/04/2012 - Por ana carolina miotto
Atenção: Os textos e artigos reproduzidos nesta seção são de responsabilidade dos autores. O conteúdo publicado não reflete, necessariamente, a opinião da ADEALQ.

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Atuação profissional
Após formar-se, em 1985, cursou o mestrado em Engenharia Agrícola pela Faculdade de Engenharia Agrícola (Feagri/Unicamp) e o MBA em Gestão Empresarial e Agronegócio pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Especializou-se em Gestão Empresarial e MKT, no país e no exterior, pelas instituições USP, UNICAMP, HSM, FGV e USA. Trabalhou nas Fazendas Reunidas BJ como gerente agrícola de três propriedades na região norte do Paraná como responsável pelo sistema de produção de cana, soja, trigo, milho, algodão e café. Foi pesquisador científico na área de Mecanização Agrícola no Instituto Agronômico de Campinas (IAC/SAA) e professor e pesquisador da ESALQ no antigo Departamento de Engenharia Rural, atual Departamento de Engenharia de Biossistemas (LEB) Setor de Mecânica e Máquinas Agrícolas. Atuou como consultor técnico, funcionário, gerente de planejamento estratégico, gerente de planejamento de produto e gerente de marketing /pós-venda da Iochpe Maxion/Massey Ferguson/Agco. Desde 2000, trabalha na John Deere Brasil, onde atua como gerente de produto e mercado, gerente de peças de reposição, gerente divisional de vendas e gerente da unidade de negócios CANA. Hoje, gerencia a área de Marketing Estratégico do Segmento CANA para a América Latina.

Descreva as atribuições do cargo que ocupa. Qual a importância delas para o mercado?
Atualmente sou responsável pela Gerência de Marketing Estratégico do Segmento CANA para a América Latina. As principais atribuições dessa função são identificar, conceber e, juntamente com as plataformas de Planejamento do Produto & Engenharia, anteciparmos o desenvolvimento de soluções para as futuras demandas dos nossos clientes. O escopo desse trabalho inicia-se desde as operações de preparo do solo até as operações de pós-colheita, como, por exemplo, manejo da biomassa para fins de processamento com foco em cogeração de energia elétrica. O Brasil é o principal produtor mundial de cana de açúcar. São quase 35% da área plantada e aproximadamente 38% da produção canavieira do planeta. Esse segmento vem ganhando cada dia mais destaque no cenário internacional, especialmente no que se refere à produção de combustíveis renováveis e bioeletricidade. O Brasil é o único país do mundo que possui os fatores de produção necessários para expandir, com total sustentabilidade ambiental, social e econômica, até oito vezes a atual área de 8,5 milhões de hectares. Nossa atividade profissional junto ao marketing estratégico é exatamente antecipar as necessidades de nossos clientes no que se refere às soluções de mecanização agrícola que, para a próxima década, terá três focos principais: preparo conservacionista do solo, plantio e colheita mecanizada e manejo de biomassa. Além de representar quase 32% do custo de produção, a mecanização é uma das principais alavancas para aumento de eficiência e redução de custos.

Quais os principais desafios desse setor?
Desde o início da década passada, um dos maiores desafios para tornar real a forte expansão que o setor vislumbrava era o desenvolvimento de sistemas de mecanização agrícola tecnologicamente mais evoluídos que sustentassem o crescimento territorial. As áreas para onde a lavoura canavieira está se expandindo tinham antes como principal atividade a pecuária extensiva e não cana-de-açúcar. Por essa razão, além de escassa, a mão de obra nessas regiões é pouco qualificada. Para se ter uma ideia da demanda que existe nesse segmento, a colheita mecanizada atingiu recentemente 50% da área colhida nacional enquanto o plantio mecanizado somente na safra 2011/12 é que atingiu o patamar de 10%. Considerando que, na safra 2020/21, é mandatório que ambos esses índices já tenham atingido 90%, é certeza que ainda teremos muito trabalho pela frente.

Que tipo de profissional esse mercado espera?
Profissionais com consistente formação acadêmica e sólida consciência socioambiental da missão profissional e cidadã que tem pela frente. Gente que acredita no que faz, que está sempre pro ativamente disponível e se atualizando e que possui uma abrangente visão do mundo em que vive. Nas empresas transnacionais também é fundamental o exercício do posicionamento analítico e crítico, sempre respeitando os limites e diferenças entre as culturas e pessoas. Finalmente, os que realmente querem chegar ao topo não podem abrir mão da humildade e daquele indispensável brilho nos olhos que somente encontramos nos verdadeiros vencedores, que, ao invés de tentar adivinhar o futuro, são os verdadeiros construtores do tão almejado mundo melhor!

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