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AGROdestaque entrevista Juliano Ferreira Dias, engenheiro florestal (F-2003)

12/04/2013 - Por lucas jacinto
Atenção: Os textos e artigos reproduzidos nesta seção são de responsabilidade dos autores. O conteúdo publicado não reflete, necessariamente, a opinião da ADEALQ.

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Atuação profissional

Engenheiro Florestal formado pela ESALQ, com especializações na área ambiental e pós graduação/MBA em Gestão Empresarial pela FGV (Faculdade Getúlio Vargas). Após formar-se, trabalhou na Votorantim Celulose e Papel, com atuação nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Hoje, atua na Fibria Celulose, com atuação nos estados do Espírito Santo, Bahia e Minas Gerais.

Em que setor atua e quais são os focos de sua ossada? 

Atuo no Setor Florestal há 10 anos, mais especificamente na área ambiental, com destaque para Certificações FSC (Forest Stewardship Council), Cerflor e ISO 14.001. Trabalho também com restauração de áreas degradadas, gestão de resíduos perigosos e não perigosos, monitoramentos de biodiversidade e água e formação e educação ambiental voltada para os mais de 17.000 funcionários diretos e comunidades inseridas nas áreas de atuação. Minha atuação no setor se estende também à inserção de melhorias socioambientais no manejo florestal, amparados nos diferentes monitoramentos realizados, licenciamento, com elaboração de estudos de impacto ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), bem como demais etapas do processo de licenciamento em diferentes estados da Federação e licenciamento e monitoramentos associados à cabotagem, que nada mais é que o transporte marítimo de madeira. Participo do desenvolvimento de Políticas Públicas, por meio da atuação no Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), em Brasília, no grupo de trabalho de Gestão Territorial e Biomas, na construção do Novo Código Florestal Brasileiro, e participação nos Fóruns Florestais dos estados de atuação. Atualmente coordeno a área de Meio Ambiente da Fibria na Unidade Aracruz. O pleno atendimento legal e alavancagem socioambiental da performance das grandes empresas florestais é fator decisivo em meio a competitividade mundial.

Quais os principais desafios desse setor?

O setor florestal tem passado por constantes avanços nos últimos 40 anos, tanto em tecnologia de processos e equipamentos, qualificação profissional, quanto sob o ponto de vista socioambiental e, neste contexto, as certificações tiveram papel fundamental, com destaque para as certificações CERFLOR e FSC (Forest Stewardship Council). Atualmente, o setor florestal brasileiro é referência nacional e internacional em performance socioambiental, governança corporativa e eficácia operacional. A vocação florestal brasileira associada à elevada quantidade de terras disponíveis, somadas a alta competitividade tecnológica desafiam o setor a ampliar a participação no mercado de produtos e subprodutos florestais na economia mundial, mantendo altos índices de padrões socioambientais. Certamente, as próximas décadas serão de franca expansão rumo à liderança mundial de produtos madeireiros e não madeireiros, oriundos de florestas nativas e plantadas. Para que esta tendência se concretize é fundamental que existam profissionais à altura destes desafios, ou seja, mais uma vez a ESALQ será determinante para o crescimento brasileiro.

Que tipo de profissional esse mercado espera?

O mercado florestal demanda profissionais com excelente qualificação técnica e capacidade de gestão de processos e pessoas. Profissionais com boa capacidade de análise e visão de futuro também são muito valorizados.
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