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AGROdestaque entrevista Michel Henrique Reis dos Santos, engenheiro agrônomo (F-1991)

15/04/2011 - Por caio albuquerque
Atenção: Os textos e artigos reproduzidos nesta seção são de responsabilidade dos autores. O conteúdo publicado não reflete, necessariamente, a opinião da ADEALQ.

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Atuação profissional
Graduado em engenharia agronômica em 1991, atuou nos Cerrados pela FMC, empresa de defensivos agrícolas, trabalhando na área técnica, comercial e marketing. Depois foi para a Monsanto, no Mato Grosso do Sul, com foco em desenvolvimento de mercado e sistemas de produção agropecuária. Pós-graduado em marketing pela ESPM, trabalhou na Manah até sua aquisição pela Bunge, onde continua até hoje. "Estou completando 20 anos de formado e sou feliz pela rica experiência em vários setores do agronegócio estendido, desde a prática no campo até a área de alimentos acabados. Desde 2006, agindo corporativamente, meu trabalho baseia-se na gestão em sustentabilidade para toda a cadeia de alimentos e bioenergia", explica Michel.

Qual o grande desafio da sua atuação?
Um dos grandes desafios é a expectativa global para que façamos um modelo agrícola de forma sustentável, pois somos considerados o celeiro do mundo e fortes representantes do agronegócio também no desenvolvimento tecnológico. O ponto de vista da sustentabilidade ainda é algo novo e temos que trabalhar esse conceito tanto com as empresas do setor quanto junto aos produtores e consumidores finais. O desafio, então, é conciliar as melhores técnicas de modo a minimizar os impactos ambientais e sociais, aumentar produtividade e ainda promover o resgate do valor que o agronegócio tem no Brasil, desde as comunidades vizinhas até mercados importadores. Essa nova postura exigida dos profissionais passa pela necessidade do crescimento a partir de ações de inovação, aplicação de tecnologias adequadas e responsabilidade socioambiental, de forma que possamos ter a segurança de que estamos produzindo da melhor maneira. Se existe alguma dúvida no processo, precisamos repensar. Se existe algum novo critério a ser empregado em um modelo já estabelecido, então é necessário reflexão sobre esses modelos e os reais benefícios a serem conquistados. Sem retorno econômico, perde-se a viabilidade. Mas hoje as empresas e profissionais não querem apenas pensar no retorno do balanço comercial, e sim sobre o resultado que teremos no futuro, a manutenção de um modelo sustentável.

E o que o mercado espera?
Espera flexibilidade. Inovação de conceitos, busca pelo o que podemos ter de melhor com relação à produtividade não só dentro da porteira, mas integrando isso com as demandas socioambientais e necessidades dos consumidores finais. O mercado espera que se consiga vislumbrar novos horizontes, com renovação contínua de técnicas. As pessoas querem a opção de escolha pelo melhor modelo, sem imposição ideológica. E, o melhor, é poder acreditar que deixaremos uma pegada positiva para que nossos filhos continuem a evolução e que terão um mundo para fazê-lo.

Entrevista concedida à Caio Albuquerque
MTb30356
15/04/11
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