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AGROdestaque entrevista o biólogo Adelino de Santi Júnior (F-2007)

14/11/2014 - Por alessandra postali
Atenção: Os textos e artigos reproduzidos nesta seção são de responsabilidade dos autores. O conteúdo publicado não reflete, necessariamente, a opinião da ADEALQ.

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Atuação profissional

Sou bacharel e licenciado em Ciências Biológicas (2003-2007). Fiz iniciação científica na área de Ecologia Isotópica, fui bolsista Fapesp na graduação, quando desenvolvi trabalho de investigação em ecologia de aranhas utilizando isótopos de carbono e nitrogênio. Além disso, desenvolvi atividades ligadas à área de licenciatura, tendo sido professor voluntário de Biologia da Associação Avante de Ensino Alternativo.

Em 2010, iniciei as atividades do curso de pós-graduação (mestrado) interunidades em Ecologia Aplicada, fui bolsista da Capes e Fapesp ao longo do período, dando continuidade aos trabalhos iniciados durante a graduação, com aprofundamento nas investigações em Ecologia Alimentar de aranhas em cultivos de citros. Ao longo do período continuei atuando como professor voluntário na Associação Avante, tendo-a presidido nos anos de 2010 e 2011.

Entre 2012 e 2014, atuei como docente de Biologia na rede privada de ensino de Piracicaba, tendo me desvinculado em março de 2014.

A que área ou setor se dedica atualmente? Descreva as atribuições pertinentes ao cargo que ocupa. Qual a importância delas para o mercado?

Atualmente, sou biólogo das Indústrias Nucleares do Brasil (INB), empresa de capital misto ligada ao Ministério de Ciência Tecnologia e Inovação, lotado em Resende (RJ). A INB é responsável pela produção, pesquisa e desenvolvimento de tecnologias ligadas ao setor nuclear brasileiro, tanto de caráter civil quanto militar.

Atuo nas atividades ligadas diretamente ao desenvolvimento, licenciamento e gestão ambiental dos empreendimentos e atividades promovidas pela empresa. A execução deste trabalho é indispensável para a implantação de projetos do setor nuclear. O Brasil possui uma das principais reservas de urânio e terras raras no planeta, o que nos coloca em situação de destaque e exige cuidados ambientais minuciosos, além do entendimento dos impactos causados por essas atividades. Nesse cenário, a atuação do biólogo é essencial para o pleno andamento dos trabalhos.

Quais os principais desafios desse setor?

O maior desafio é conciliar as diferentes visões profissionais em um setor extremamente sensível às questões ambientais. O setor nuclear possui peculiaridades e pormenores que exigem atenção e cuidados diferenciados.

Não é fácil encontrar profissionais multidisciplinares e com capacidade de comunicação com diferentes áreas, embora esse seja um perfil comumente encontrado na ESALQ, observo que essa característica de formação ainda não está difundida pelo Brasil.

Que tipo de profissional esse mercado espera?

A atuação do biólogo no setor público exige multidisciplinaridade, visão sistêmica, capacidade de se relacionar e compreender profissionais de diferentes áreas, além de ampla capacitação técnica.

A biologia permeia os trabalhos, mas não é a única área de conhecimento exigida. Conhecimentos nas áreas de legislação ambiental, sistema integrado de gestão, análise de ciclo de vida e estatística estão presentes no dia a dia desse profissional.
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