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AGROdestaque entrevista Paulo Sérgio Correia, engenheiro agrônomo (F-1998)

29/03/2011 - Por caio albuquerque
Atenção: Os textos e artigos reproduzidos nesta seção são de responsabilidade dos autores. O conteúdo publicado não reflete, necessariamente, a opinião da ADEALQ.

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Atuação profissional 
Graduado em Engenharia Agronômica, em 1998, terminou o doutorado em Agronomia também na ESALQ (2006) e especialização (MBA) em Investimento e Gestão na Agroindústria Sucroalcooleira pelo Departamento de Economia, Administração e Sociologia (2008). Tem experiência na área de Zootecnia, em produção de ruminantes e produção vegetal, com ênfase em produção de forrageiras tropicais (pastagens, cana-de-açúcar), culturas anuais (milho, sorgo e soja) e agroenergia, com ênfase em energias renováveis. Foi diretor agrícola da Goiás Agroenergia S/A (Usina Abadiânia/GO - em fase de implantação) entre, 2007 e 2009. Desenvolveu projetos no Brasil, América do Sul e Caribe entre 2009 e 2010, entre eles alguns projetos inovadores para produção de etanol e energia a partir de sorgo sacarino na República Dominicana (para 5,2 milhões de toneladas/ano) e vários Due Diligences agrícolas no Brasil (entre eles o da fusão entre a Shell e Cosan). Em 2010 fundou, com o Sr. Vladimir Franco de Oliveira, a empresa KPPC - Planejamento Agrícola, onde é vice-presidente de operações e coordena projetos no Brasil (Usinas Pedras de Goiás - 5 usinas de 3,5 milhões de tc/ano - ADAXX Capital), América Latina (Bolívia e Colômbia), Caribe (Rep. Dom.) e África, além de outros projetos agrícolas para unidades de biodisel e Termoelétricas a Biomassa. Em 2011 fundou a Biosul Empreendimentos P&D Ltda, onde desenvolve o projeto de Usinas e Fábricas de Biofertilizantes Integradas no MS.

Que tipo de profissional o seu mercado espera? 
Meu mercado e minha empresa buscam por profissionais arrojados, dinâmicos, técnicos e com visão de longo prazo, que prezem pela fundamentação das informações técnicas acima de tudo e não simplesmente por quantidade de informações, que saibam filtrá-las e extrair das informações de qualidade toda a sua essência. Que tenham sabedoria, disciplina, força e moderação. Profissionais estes equilibrados e diferenciados, e que se tornarão os líderes de amanhã.

Em dezembro de 2010, o senhor foi premiado no 1º Concurso de Idéias "Economia Verde", patrocinado pela Agência de Fomento Paulista Nossa Caixa Desenvolvimento. Explique o projeto "Fábrica de Fertilizantes" e quais vantagens pode oferecer ao agronegócio?
O projeto visa mostrar a viabilidade da montagem de sistemas integrados de produção. A proposta visa integrar o sistema de produção de agroenergia (Usina Termoelétrica a Biomassa ou Usinas Sucroalcooleiras) e o sistema de produção pecuário (Frigoríficos e Confinamentos de bovinos). O projeto apresenta os aspectos agronômicos e sócio-econômicos inerentes ao conceito de integração entre uma usina do setor de agroenergia e a agroindústria frigorífica. O conceito de sistemas integrados de produção, além de proporcionar uma redução dos custos de produção da biomassa a ser utilizada pela Usina Termoelétrica (UTE) ou Usina Sucroalcooleira, possibilita também a destinação adequada dos resíduos gerados pelos setores de agroenergia e pecuário, proporcionando o desenvolvimento de um agronegócio competitivo e sustentável, à medida que permite a destinação adequada desses resíduos, agregando valor aos mesmos. A integração entre essas atividades é caracterizada pela sinergia entre elas, permitindo a redução dos custos de produção dos parceiros e novas receitas com a instalação das fábricas de Fertilizantes Organominerais Integradas. Assim, a proposta visa a montagem de fábricas de fertilizantes organominerais peletizados integrada, que neste projeto apresentou viabilidade tanto para a fábrica de fertilizantes organominerais (Lucratividade de R$1,59 para cada R$1,00 investido e Payback descontado (K=10%) de 3,95 anos), como para a Usina Termoelétrica (Redução de R$ 8,75/MWh produzido), viabilizando ainda a implantação de um grande confinamento de bovinos de corte (fator estratégico para o frigorífico e para a implantação do projeto), o estudo mostrou que um confinamento integrado proporciona uma TIR de 14,04%/ano contra uma TIR 9,45%/ano de um confinamento padrão estruturado de forma convencional, tornando altamente atrativo para um frigorífico parceiro a estruturação deste sistema de produção integrado. Da mesma forma, uma fábrica de fertilizantes organominerais integrada com uma usina sucroalcooleira e o setor pecuário, proporciona uma redução nos custos de produção da cana-de-açúcar de R$ 4,70/tonelada de cana, além de tornar atrativo para o setor elétrico a instalação de Usinas Termoelétricas próximas a estas situações.

Texto: Caio Albuquerque
28.03.2011
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