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AGROdestaque entrevista Renata Santos Momoli, engenheira agrônoma (F-1994)

03/10/2011 - Por ana carolina miotto
Atenção: Os textos e artigos reproduzidos nesta seção são de responsabilidade dos autores. O conteúdo publicado não reflete, necessariamente, a opinião da ADEALQ.

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Atuação Profissional
Após formar-se, mudou-se para Fortaleza onde, durante oito anos, trabalhou com paisagismo criando espaços, tanto em áreas de jardins de residências quanto em área comercial. Em 2004, voltou para São Paulo e retomou a carreira acadêmica iniciando seu mestrado no programa de Solos e Nutrição de Plantas do Departamento de Solos (LSO) da ESALQ. Em 2006, finalizou o mestrado e iniciou o doutorado concluído este ano.

Concluído o doutorado agora, o que pretende fazer?
Vou para Recife fazer o pós-doutorado, trabalhar com manejo de bacias hidrográficas e balanço de sedimentos. O estudo será direcionado em dois locais: uma área de pesqueira no agreste de Pernambuco e uma bacia hidrográfica em Fernando de Noronha, responsável pelo abastecimento hídrico da população local.

Atualmente, quais são os desafios enfrentados pelos engenheiros agrônomos?
O desafio que os recém-formandos enfrentarão é conjugar a parte agronômica, de produção de alimentos, com a conservação de recursos naturais. Nós ainda estamos enfrentando o início da resistência por parte dos produtores rurais em ver como uma obrigação respeitar as leis ambientais. É preciso conscientizar o agricultor de que é possível produzir respeitando a legislação ambiental, buscando a conservação dos ecossistemas e recursos naturais, sem comprometer a produtividade.

É possível aliar o progresso à sustentabilidade?
Sim, por meio do zoneamento. Da mesma forma que na nossa casa estabelecemos os lugares mais adequados para cada tipo de atividade. Assim dentro da propriedade rural também deve existir esse zoneamento, delimitando as áreas mais sensíveis que devem ser isoladas e preservadas, e outras passíveis de serem agricultadas. O produtor precisa ter a consciência que dentro de uma propriedade existem os locais de produção e de conservação que precisam ser zoneados e respeitados.

Quais ações são necessárias para haver essa conscientização?
As políticas públicas deveriam fomentar melhor as agências de extensão rural e auxiliar na capacitação dos profissionais que trabalham com extensão e levam para o produtor essa consciência. Afinal, eles são o elo entre a tecnologia e o produtor. O Estado deve garantir que as informações sobre zoneamento cheguem ao agricultor de maneira clara e correta, não como uma imposição injustificável. O proprietário das terras precisa saber como é o ambiente no qual ele vive, quais são as normas que incidem sobre a propriedade dele e ter o apoio dos órgãos governamentais para poder conduzir uma recuperação de mata ciliar, uma regeneração de floresta ou um controle de qualquer tipo de manejo inadequado.

Qual o papel do jovem recém-formado nesse contexto?
O jovem precisa estar atento à parte de direito ambiental. O engenheiro agrônomo deve ter conhecimento das leis que regem as propriedades. Afinal, ele que está em contato direto com o produtor e tem a responsabilidade de orientá-lo sobre os riscos do não cumprimento da legislação.

Entrevista concedida à Ana Carolina Miotto
Estagiária de Jornalismo
30/09/11
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