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AGROdestaque entrevista Renato Pellegrini Morgado, gestor ambiental (F-2007)

25/07/2011 - Por ana carolina miotto
Atenção: Os textos e artigos reproduzidos nesta seção são de responsabilidade dos autores. O conteúdo publicado não reflete, necessariamente, a opinião da ADEALQ.

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Atuação profissional. 
Formado em 2007, no curso de Gestão Ambiental, foi presidente do Centro Acadêmico "Luiz de Queiroz" (CALQ) e representante discente nos órgãos colegiados da ESALQ. Atualmente, trabalha no Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora), atuando em projetos que buscam fortalecer a capacidade participativa da sociedade civil na gestão de políticas ambientais e criando instrumentos de transparência e controle social. Morgado preside o Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente de Piracicaba, órgão responsável por analisar e propor as diretrizes das políticas ambientais no município. Atualmente, é mestrando do Programa de Ciência Ambiental (Procam/USP), no qual atua com pesquisas sobre a formação superior em gestão ambiental.

Que tipo de profissional o seu mercado espera?
O mercado e a sociedade, em relação às questões ambientais, demandam profissionais que, além de competência técnica, sejam capazes de dialogar com diferentes atores que possuam interesses e visões distintas. As questões ambientais são extremamente complexas e demandam a construção de uma cultura democrática no Brasil. Estas capacidades de diálogo e de liderança construtiva devem caminhar com um forte compromisso ético e político de construção de uma sociedade mais justa e sustentável. A Universidade possui papel fundamental na formação de profissionais com estas habilidades e compromissos.

Um estudo realizado pelo Imaflora constatou que o consumidor piracicabano, apesar de preocupar-se com o futuro da Amazônia não possui preocupação com a origem da madeira consumida. Por que isso ainda ocorre? O que é necessário para mudar essa situação? 
O desconhecimento sobre a origem dos produtos que consumimos pode nos transformar, involuntariamente, em incentivadores de processos produtivos que geram impactos sociais e ambientais negativos. Apesar de nos preocuparmos com a questão ambiental, ainda damos pouca atenção para a nossa responsabilidade como consumidores, o que ficou evidente neste estudo realizado pelo Imaflora em Piracicaba. Ações educativas, que busquem discutir a responsabilidade do consumo, e instrumentos de controle, como a certificação, possuem grande potencial para transformar o ato do consumo em um ato de escolha. São também um incentivo à produção de bens que promova a geração de benefícios sociais e o uso sustentável dos recursos naturais.

Entrevista concedida à Ana Carolina Miotto
Estagiária de Jornalismo
25/07/11
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