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AGROdestaque entrevista Roberto Cano de Arruda, engenheiro agrônomo (F-1963)

13/04/2012 - Por caio albuquerque
Atenção: Os textos e artigos reproduzidos nesta seção são de responsabilidade dos autores. O conteúdo publicado não reflete, necessariamente, a opinião da ADEALQ.

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Atuação profissional. 
Formado pela ESALQ em 1963, foi presidente do Centro Acadêmico Luiz de Queiroz (CALQ) por duas gestões. Graduado, também, em Administração pela Universidade Mackenzie, foi delegado regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), secretário interino de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo e secretário interino de Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo. Hoje, é empresário rural e proprietário das empresas agropecuárias Mariana e Indiana, nas quais desenvolve atividades em suinocultura, cafeicultura, citricultura, cana-de-açúcar e reflorestamento.

Comente sua passagem pelo Centro Acadêmico Luiz de Queiroz (CALQ).
O CALQ tem a responsabilidade de representar o corpo estudantil que usufrui do benefício do ensino público oferecido pela Universidade de São Paulo e garantir que os estudantes retribuam à sociedade o conhecimento adquirido na forma de ensino, pesquisa e extensão, contribuindo com enriquecimento das ciências agrárias e do agronegócio. Na minha gestão recebemos políticos importantes como o então governador Ademar de Barros e o presidente Juscelino Kubitschek. Encontrei-me, em Barretos, com o então presidente Jânio Quadros e com demais colegas solicitamos auxílio para o Centro Acadêmico via Caixa Econômica Federal.

Quais são as dificuldades do produtor que tem, assim como o senhor, uma produção diversificada? 
Obstáculos existem sempre em toda atividade produtiva, atividade econômica, como também existem as formas de ultrapassar esses obstáculos. Hoje, a tecnificação da agricultura e da pecuária é extremamente importante, e é o que temos desenvolvido nos últimos dez anos. Uma intensa inovação tecnológica, trabalhando com genética, melhorando os nossos plantéis, melhorando a nossa produtividade por meio de novas técnicas e novos procedimentos para que possamos ter maior produtividade para enfrentar as sazonais condições e variações do mercado.

O senhor é formado na ESALQ há cerca de 50 anos. O que a Escola significou na sua formação?
Eu considero a ESALQ uma extensão da minha própria família. Aqui eu me formei, adquiri conhecimentos, pratiquei política universitária, constitui a verdadeira formação de um profissional, não só preocupado com as atividades tecnológicas ou científicas, mas em fazer com que cada profissional tenha a consciência de retribuir à sociedade tudo aquilo que recebeu. Portanto, a ESALQ continua sendo pra mim uma grande Escola. Eu não a deixei e continuo vivendo-a. As asas da saudade me trazem aqui anualmente e permanentemente.

Quais são os desafios dos alunos que estão se formando? O que eles enfrentarão no mercado de trabalho? 
O mercado, hoje, exige uma profunda tecnificação. Cada um vai escolher o seu destino, a sua especialização e as suas opções, mas o Brasil está destinado a ser o grande produtor mundial de alimentos. Hoje, somos sete bilhões de habitantes no mundo e, até 2025, nós seremos nove bilhões. O Brasil já lidera vários segmentos das cadeias produtivas no setor de carne, suco cítrico, soja, café, algodão e com isso nós temos, a cada ano, inovações importantes. Acredito que aumentar sempre a produtividade, tendo em vista a demanda do mundo, é o grande desafio que teremos daqui pra frente. Aos futuros e atuais formandos caberá esse desafio, ser os protagonistas da nossa história.

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