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AGROdestaque entrevista Roberto Rodrigues, engenheiro agrônomo (F-1965)

15/11/2010 - Por alicia nascimento aguiar
Atenção: Os textos e artigos reproduzidos nesta seção são de responsabilidade dos autores. O conteúdo publicado não reflete, necessariamente, a opinião da ADEALQ.

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Atuação profissional
Engenheiro agrônomo e agricultor, professor de Economia Rural da UNESP/Jaboticabal, coordenador do Centro de Agronegócio da FGV e presidente do Conselho do Agronegócio da FIESP. Foi presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras, da Sociedade Rural Brasileira, da Associação Brasileira de Agribusiness e da Aliança Mundial de Cooperativas; foi Secretário de Agricultura de São Paulo (1993/94) e Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (2003/2006).

Comente o atual cenário agrícola
Segundo a OCDE, nos próximos 10 anos a produção mundial de alimentos deve aumentar 20% para atender à crescente demanda mundial em função do crescimento da população e da renda dos países emergentes. A mesma instituição prevê que este crescimento será atendido de maneira diferente pelos principais países produtores. Assim , a UE contribuirá com mais 4%, a Austrália com 7%, Estados Unidos e Canadá com 15%, Rússia, India, China e Ucrânia com 27% e o Brasil com 40%. Portanto, a OCDE calcula que a contribuição brasileira será igual ao dobro da média mundial. Isto se deve ao fato de termos disponibilidade de terras, a melhor tecnologia tropical do planeta e um agropecuarista muito competitivo. Este é o cenário. Para atingir este potencial, todavia, precisamos fazer uma pesada lição de casa que inclui: um programa de renda para o campo; investimentos em infraestrutura e logística; uma política comercial mais agressiva; defesa sanitária; investimentos em pesquisa, inovação e extensão rural; e uma melhor institucionalidade, com órgãos públicos articulados entre si e com o setor privado com vistas a uma estratégia de Estado. Isto implica em reformas de legislações obsoletas e forte compromisso com a sustentabilidade e com a economia verde, para mitigar o aquecimento global.

Que profissional o seu mercado espera?
Com boa formação técnica, com capacidade de liderança, aberto às inovações, capaz de se expressar, conhecedor de pelo menos mais um idioma (inglês) e, sobretudo, bom caráter (honesto, verdadeiro e comprometido com o progresso do setor para o bem do país).

Em recente entrevista concedida à Isto É Dinheiro, o sr. afirmou que "o mundo vê o Brasil com olhos gulosos" e que "vários fatores transformaram o Brasil em uma espécie de meca dos investimentos em agricultura". De que maneira a meca de investimentos em agricultura pode tornar-se realidade em outros setores da economia do País?
Investimentos em setores além do campo: precisamos de uma clara estratégia governamental negociada com o setor privado, que sinalize aos investidores as regras para virem ao país. A segurança institucional é essencial neste processo, contemplando, por exemplo, a garantia do direito de propriedade, políticas cambial e fiscal definidas , bem como a comercial externa.

Entrevista concedida à Alicia Nascimento Aguiar 
MTb 32531
08/10/2010
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