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AGROdestaque entrevista Rodrigo Mendes, engenheiro agrônomo (F-2002)

20/04/2012 - Por ana carolina miotto
Atenção: Os textos e artigos reproduzidos nesta seção são de responsabilidade dos autores. O conteúdo publicado não reflete, necessariamente, a opinião da ADEALQ.

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Atuação profissional. 
Após formar-se, doutorou-se em Genética e Melhoramento de Plantas com um período sanduíche na Universidade de Wageningen na Holanda. Atuou como melhorista de cana-de-açúcar na CanaVialis, Monsanto e como pesquisador associado na Universidade de Wageninen em 2009 e 2010. Desde dezembro de 2010 é pesquisador da Embrapa Meio Ambiente. Em 2011, publicou artigo na revista Science, o qual foi amplamente divulgado no Brasil e internacionalmente.

A que área ou setor se dedica atualmente? Qual o foco de seus estudos na Embrapa?
Atuo como pesquisador na área de ecologia microbiana e coordeno atividades e projetos de pesquisas no Laboratório de Microbiologia Ambiental da Embrapa Meio Ambiente, colaborando intensivamente com proeminentes grupos de pesquisas na Europa e Estados Unidos. Atuo, também, como orientador de estudantes de mestrado e doutorado no Curso de Pós-Graduação de Microbiologia Agrícola da ESALQ. Estudo a interação de comunidades microbianas com plantas para elucidar como os micro-organismos sustentam a vida de seu hospedeiro. 

Qual a importância da pesquisa para o mercado?
As atividades de pesquisador têm dois aspectos fundamentais. O primeiro é gerar conhecimento e tecnologia para o desenvolvimento rápido, competitivo e sustentável do agronegócio. O segundo é contribuir para a formação de pessoas que atuarão no setor. 
No entendimento de como comunidades se associam e sustentam a vida das plantas hospedeiras, os resultados da pesquisa estão relacionados à saúde no solo, das plantas e consequentemente das pessoas. Nesta área, os grandes alvos são a manutenção de um sistema produtivo livre de doenças e a diminuição do uso de agroquímicos na agricultura.

Quais os principais desafios desse setor?
O grande desafio é ser cientificamente competitivo com países de ponta como Estados Unidos, Alemanha e Inglaterra e, ao mesmo tempo, transformar o conhecimento gerado em produtos e serviços que colaborem diretamente com o desenvolvimento sustentável do Brasil. 

Que tipo de profissional esse mercado espera? 
Um profissional com sólida formação e treinamento em pesquisa científica. O diferencial para uma atuação de sucesso é a capacidade de gerenciamento de pessoas e a facilidade de interação com grupos de pesquisas de qualquer parte do mundo. A experiência internacional é fundamental no mercado da ciência.

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