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AGROdestaque entrevista Ronaldo Micotti da Gloria, engenheiro agrônomo (F-1993)

08/11/2013 - Por raiza tronquin
Atenção: Os textos e artigos reproduzidos nesta seção são de responsabilidade dos autores. O conteúdo publicado não reflete, necessariamente, a opinião da ADEALQ.

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Atuação profissional
Formou-se engenheiro agrônomo em 1993. Durante o ano seguinte atuou como trainee de supervisor de vendas na Adubos Trevo, onde teve a oportunidade de conhecer os estados da região sul do país, além de receber formação técnica para atuar na área de vendas.

Ao final de 1994 resolveu mudar de área e entrou na empresa Terra Viva, em Holambra (SP), que lida com produção de flores e plantas, cereais, gado, laranjas e batatas. Inicialmente trabalhou como gerente de produção na área de plantas ornamentais, como responsável por dois produtos.

De 1998 a 1999 fez o Curso de Especialização em Administração para Graduados (CEAG), ministrado por professores da Fundação Getúlio Vargas (FGV), na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

De 1998 a 2008, gerenciou uma joint venture entre a Terra Viva e a holandesa Humako, tendo como área central do negócioa produção de mudas para empresas produtoras de flores nos mercados nacional, europeu e norte-americano. Nesse período teve a oportunidade de conhecer diversos países, além de trazer ao Brasil novas técnicas para cultivo de flores e plantas. Ainda à frente desse negócio, aprendeu diversos conceitos ligados à liderança e motivação de equipes.

A que área se dedica atualmente?
Em 2008 assumi a diretoria da unidade de negócio Terra Viva Flores e Plantas, que tem como foco a produção e comercialização de flores envasadas ou cortadas e plantas ornamentais para o mercado nacional. No mercado nacional, somos o maior produtor individual de flores e plantas como tulipas, lírios, amarylis, antúrios, copo de leite, mudas de crisântemos e begônias. Nossa operação emprega por volta de 750 pessoas diretamente em Santo Antonio de Posse (SP), Arthur Nogueira (SP) e Tapira (MG).

Sou responsável pelas estratégias de crescimento do negócio de flores. Isso envolve a definição de leque dos produtos, formação da equipe gerencial, estabelecimento das metas de lucratividade por gerência, assim como as políticas básicas da empresa, no que diz respeito à atuação comercial, recursos humanos e meio ambiente.

Quais os principais desafios desse setor?
O setor de flores e plantas ornamentais é extremamente dinâmico e competitivo. Em termos de produção, nosso desafio é como garantir a constância da produção com qualidade. Nosso processo produtivo é altamente dependente de mão de obra. Assim a atração, qualificação e retenção dos talentos humanos é nosso maior desafio para garantir alta produtividade, com qualidade.

Em termos de mercado, nosso grande desafio é conseguir fazer nosso produto chegar ao mercado, que é enorme, nas melhores condições. Nossos produtos são perecíveis, por isso a distribuição é fator de sucesso.

Que tipo de profissional esse mercado espera?
O mercado pede um profissional com boa formação técnica, mas que saiba se comunicar e liderar equipes de trabalho. Dos quatro agrônomos que trabalham em minha equipe, todos lideram equipes. De forma geral, a atuação técnica deve significar 30% do dia a dia desses profissionais e o restante do tempo deve ser empregado na liderança e gestão de equipes de trabalho.

Assim, conhecer aspectos relacionados à administração e suas teorias, além de ser um bom negociador de metas, é muito importante. Em nosso setor, profissionais ecléticos têm mais chances de serem bem sucedidos. A experiência, seja com estágios no Brasil ou em países onde Holanda é o grande centro desenvolvedor de tecnologia, sempre ajuda muito no que diz respeito à empregabilidade.
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