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AGROdestaque entrevista Rubens Antônio Trevisan, engenheiro agrônomo (F-1976)

03/02/2012 - Por caio albuquerque
Atenção: Os textos e artigos reproduzidos nesta seção são de responsabilidade dos autores. O conteúdo publicado não reflete, necessariamente, a opinião da ADEALQ.

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Atuação Profissional
Enquanto cursava a graduação, iniciou o estágio na Ripasa Celulose e Papel, onde trabalhou durante 19 anos. Começou como coordenador regional e executou todo trabalho operacional, a parte de preparo de solo e plantio. E na fase final da sua carreira na empresa, coordenou uma regional com todas as atividades, inclusive a área administração e colheita da região. Em 1995, montou uma empresa de prestação de serviço na área de colheita de madeira, ramo no qual está até hoje.

O senhor começou como estagiário, teve conhecimento tanto da área gerencial como da área operacional da empresa. Esse é um perfil interessante para o profissional hoje, que vai se formar em Engenharia Florestal? Ele tem que ter conhecimento da prática e também da parte de gestão?
A própria natureza do trabalho exige isso, a gente começa trabalhando em uma atividade mais simples e a empresa vai adquirindo confiança profissional. Aí você vai assumindo as posições, como eu, que alcancei o cargo de gerência regional na Ripasa.

E aí o senhor abriu uma empresa, em 95?
Nessa época, a Ripasa foi terceirizada. Praticamente todo pessoal antigo saiu, e não tinha mais razão para eu continuar lá. Então, abri uma empresa de prestação de serviço na área de colheita florestal, onde atuo até hoje.

Como funciona essa prestação de serviço na colheita florestal?
Nós iniciamos com bastante mão de obra e poucas máquinas. Em 1995 o setor ainda não era muito mecanizado. Tínhamos 54 operadores de moto serra e três ou quatro máquinas e equipamentos para carregamentos. Com o passar do tempo, a situação evoluiu. Hoje, nós temos, para cortar madeira, apenas um operador de moto serra, que afia a corrente e dá apoio em algum ponto crítico.

O senhor falou que tem um filho aqui, formado em qual ano? Que dica o senhor daria pra quem está se formando agora? O cenário mudou muito de 30 anos pra cá, então, o que precisa ter hoje de diferente, que o senhor não teve lá atrás?
Meu filho formou-se em 2008. Acredito que, primeiramente, seja necessário ter uma visão empresarial, saber o que é recursos humanos e o que é o financeiro. Como temos equipamentos florestais, é preciso ter uma visão muito boa na área de manutenção mecânica, não conhecimento técnico profundo, mas o suficiente para conseguir discutir com um técnico um problema em uma máquina. Ter determinação, estar sempre se atualizando em seminários, palestras e cursos e ler bastante sobre o setor também é importante.

É um campo de trabalho promissor? 
Sem dúvida. No Brasil, a prestação de serviço na área de colheita florestal está crescendo muito. Consequentemente, vai abrir condições para novas pessoas investirem nessa área. Mas é importante começar debaixo, conhecer a parte técnica e o dia a dia.

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