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AGROdestaque entrevista Sérgio Ivancko, engenheiro agrônomo (F-1996)

27/09/2013 - Por raiza tronquin
Atenção: Os textos e artigos reproduzidos nesta seção são de responsabilidade dos autores. O conteúdo publicado não reflete, necessariamente, a opinião da ADEALQ.

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Atuação profissional
Graduou-se em Engenharia Agronômica, em 1996. Atuou como gerente em uma fazenda de produção de leite em Amparo (SP) até 1998. No mesmo ano ingressou na MWV Rigesa, empresa multinacional do ramo de embalagens, onde permanece até hoje. Neste período percorreu diversas áreas com destaque para desenvolvimento de mercado, gestão de produtos diferenciados e desenvolvimento de produtos.

Em 2010 assumiu a área de desenvolvimento técnico da divisão de corrugados, com atuação nas cinco plantas do Brasil, além de planta na Índia. Desde 2012 atua como gerente de Pesquisa e Desenvolvimento e Soluções de Embalagens.

A que área se dedica atualmente?
Atualmente sou responsável por cinco diferentes áreas da empresa: Serviços Técnicos a Clientes, Desenvolvimento Técnico dos Novos Produtos, Customer Insights, Engenharia de Materiais e Gestão da Inovação.

O mercado de papelão ondulado é bastante dinâmico e altamente customizado, pois não há produto de prateleira. Cada nova embalagem é criada de acordo com as necessidades específicas daquele produto ou cliente. Isto exige uma área de desenvolvimento forte, que tenha a velocidade que o mercado espera no desenvolvimento, porém com visão crítica e credibilidade para sugerir alternativas. Nem sempre a opção que o cliente nos solicita é a melhor, portanto sempre há oportunidades para sugerir melhoria.

Quais os principais desafios desse setor?
Quando digo que trabalho com inovação, automaticamente vem a ideia de criatividade. Realmente ela é necessária, no entanto creio que os maiores desafios para construir uma plataforma inovadora sejam sensibilidade e disciplina.

O maior desafio para qualquer tipo de inovação é encontrar um bom problema para resolver. A sensibilidade é necessária para enxergar dentro da cadeia de atuação do cliente, onde estão os problemas que, após uma solução inovadora, trarão maior impacto em seu negocio. Isto só se faz estando muito próximo ao cliente e entendendo profundamente seu negócio. A disciplina é o motor que transforma a ideia em produto. Sem um processo bem definido e gerido com disciplina, não se pode ter eficiência em inovação.

Que tipo de profissional esse mercado espera?
Entendo que hoje as empresas valorizem muito mais a formação do que a informação. O conhecimento técnico específico vem sendo preterido à capacidade de encontrar respostas, o que exige do profissional uma visão holística do negócio, capacidade de relacionamento e flexibilidade.

Cursos com conteúdo eclético, como a engenharia agronômica da ESALQ, oferecem excelentes oportunidades de formação. Experiências profissionais variadas, com atuação em áreas diferentes e experiências em outros países e culturas, também favorecem o perfil do profissional que o mercado busca.
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