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Ama... zônia (Hulq, F-99)
30/08/2019 - Por marco lorenzzo cunali ripoliAtenção: Os textos e artigos reproduzidos nesta seção são de responsabilidade dos autores. O conteúdo publicado não reflete, necessariamente, a opinião da ADEALQ.
(Artigo publicado na Revista Plant Project)
Fujo novamente do tema central da coluna (A revolução das Máquinas) para expressar meu cansaço deste ambiente cheio de notícias fabricadas que em momentos favorecerem alguns e em outros momentos prejudicam. Tudo bem, eu sei que é assim a centenas de anos, porém com toda acessibilidade de um smartphone nãos e facilidade de divulgação nas redes sociais isso piorou demais. Fake ou fato, verdade ou mentira, intencional ou sem querer, enfim existem muitos adjetivos, chamem do que quiser.
O foco do mundo hoje está voltado a questão da Amazônia... e que bom, mas porque só agora? É no mínimo estranho, ou curioso como outros “povos” se sentem donos de um bem que é nosso, dos brasileiros e, não obstante, querendo interferir em “nossas” ações. Será que os demais países, pelo menos os mais desenvolvidos e do chamado “velho mundo” não tem outras coisas para se preocuparem dentro de suas “próprias casas”? “Doar” dinheiro para ONGs e/ou mesmo governo brasileiro para cuidar da Amazônia não significa abrirmos precedente para receber exigências em contrapartida! Certo?
Não tenho intenção de criticar ou defender nenhuma das associações, organizações, instituições e órgãos governamentais, mas muito do que foi dito nas mídias foi criado para escutarmos o que queriam que escutássemos e vice-versa. Sempre devemos desconsiderar o que é dito, principalmente saber avaliar o que é errado, mas em qualquer situação que notícias se propaguem sem base técnica e, pior, sem ética. Não devemos elaborar críticas sem embasamento, mas é prática comum principalmente por aqueles com interesse em manipular a massa ignara, que mais carece de informação.
Existe muita distorção ao redor das estimativas do desmatamento da Amazônia oriunda dos vários responsáveis pelas medições, empresas brasileiras e estrangeiras, pois cada metodologia exprime um número diferente. Uma das maneiras de reduzir as chances de erro é acompanhar uma fonte única confiável de divulgação para ter consistência no levantamento. Afinal o importante é saber se está diminuindo ou aumentando e agir com base nisso.
Quando tratamos de dados públicos devemos buscar analisar em que cenário o país se encontra inserido e em qual momento estes dados foram divulgados, quais as vertentes (positivas e negativas), o que se busca com aquela noticia (polemizar? ou informar?), sabendo que a qualidade dos dados ajuda na análise e compreensão da nossa realidade, beneficiando assim a todos.
Eu acredito no Brasil.
O Agro não para!
Marco Lorenzzo Cunali Ripoli, Ph.D. é Engenheiro Agrônomo e Mestre em Máquinas Agrícolas pela ESALQ-USP e Doutor em Energia na Agricultura pela UNESP, executivo, disruptor, multiempreendedor, inovador e mentor. Proprietário da BIOENERGY Consultoria e investidor em empresas. Acesse www.marcoripoli.com