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Ano Luluzinha - nossas atividades extracurriculares...

26/05/2025 - Por fabiana traldi janssen
Atenção: Os textos e artigos reproduzidos nesta seção são de responsabilidade dos autores. O conteúdo publicado não reflete, necessariamente, a opinião da ADEALQ.

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Neste ano, nós do Ano Luluzinha (F-2000) comemoraremos nosso jubileu de prata. Celebração que nos remete a tantas boas recordações... Muitas delas com aquela forte sensação de que ¨parece ter sido ontem¨. Então resolvi escrever um pouco sobre a intensa agenda de atividades extracurriculares que tivemos naqueles anos, paralelamente ao calendário escolar.

O dia da matrícula já nos dava um leve vislumbre de um mundo muito diferente do que estávamos acostumados. Uma nova dinâmica de relações e atividades, bastante ajustadas em seus desajustes. Inúmeros doutores, a maioria do segundo ano (para nós, Ano Fantasma) alí estavam para nos receber, nos batizar, nos ensinar os 3 mandamentos...  Junto com o informativo de matérias, horários, nos foi entregue o Manual do Bixo. Parte fundamental (e para alguns, a mais interessante) do material didático.

No domingo a noite, primeiro dia em Piracicaba, cervejada na Kpixama. Para começar bem, praticando intensamente o ato de se apresentar. Aprendendo novos adjetivos, bons (para os doutores) e nem tão positivos assim, para nós.

Segunda-feira às 8 horas, para os sobreviventes, a aula inaugural... com participação de um saudoso e querido professor... E assim processávamos as novas regras sociais, de conduta e uma nova forma de integração.  Entendendo que era um processo bastante ¨globalizado¨ no mundo esalqueano, não apenas uma brincadeira entre alunos. Naquela primeira manhã, montamos o nosso calendário da ração, passando com nossos papeizinhos pelas mesas dispostas em uma sala ao lado do Rucas, onde os membros de cada república anotavam o dia e período em que seríamos acolhidos em suas repúblicas. Duas semanas de ração, almoço e jantar... Oportunidade de conhecermos pelo menos 10 repúblicas e muitos doutores nesta fase de integração. 

Ao meio-dia, os doutores nos espervam no Rucas. Nos amontoávamos nos porta-malas abertos e assim íamos para as repúblicas fazendo sirene... Ao chegar, nos apresentávamos para todos os doutores, participávamos de ¨agradáveis¨ brincadeiras acadêmicas... Cada república com as suas exclusividades e inovações. Algumas mais criativas que as outras. Cuidavam de nossa saúde, com reforços, óleo de bacalhau e aprendíamos novas habilidades. Trocar lâmpada, palitinho, rebater fósforos, defenestramentos... Uma fase de muito desenvolvimento pessoal.  Recebíamos um coador de café e um abridor de lata (ou utensílios similares) como prato e talher e podíamos nos servir... e comer sob a mesa. Quando todos terminavam, pedíamos permissão para sair debaixo da mesa. Precisávamos saber o nome de todos os doutores.

Na tarde do primeiro dia, fomos ao CALQ para receber os chapéus com nosso nome de batismo. Já devidamente vestidos e ornamentados, fomos para o pedágio. E o dinheiro arrecadado rendia bastante cerveja na Rua do Porto.

Na manhã seguinte: cálculo, química, matemática, introdução a agronomia, mineralogia, biologia celular... Treino de força e resistência.

A primeira grande festa de república era a Xapando no Havaí, no final de fevereiro. Apesar do nome, normalmente não íamos fantasiados.

Muitas cervejadas de efetivação aconteciam até 13 de maio. Sempre alguma fofoca e surpresa sobre quem tinha ou não sido efetivado. E quase todas as quintas-feiras íamos para a Croco. Festas da Comissão de Integração, do Centro Acadêmico... Festa do Pijama, de Repúblicas... Também aconteceram lá algumas versões da Boi na Zona. Eventualmante trocávamos a Croco pela Dandy nos primeiros anos. E quando a Croco fechou, quinta era na Dandy.

A passeata era um acontecimento muito esperado. O dia da libertação era um marco importante em nosso calendário. A concentração começava cedo... Antes de chegar ao CALQ, Pikreta era um ponto popular. As memórias a partir da chegada ao Centro Acadêmico são um pouco vagas, menos precisas. Mas existem flashes marcantes. O comércio piracicabano assistia de camarote a tropa fantasiada, empolgada e embriagada. Uma carrocinha recolhia os que não tinham mais forças para seguir. Era uma caminhada bastante romântica, diversos namoros (que resultaram em casamento), começaram ali. Causava também separações. Banho no chafariz em frente a catedral para consagrar o momento. Mesmo com as temperaturas amenas de meados de maio, era um mergulho revigorante. Casa, banho quente, um X-tudo do Fassina... e bora para o baile (nem todos chegavam lá).

Os torneios e eventos esportivos eram bastante animados... Esalmack, Sampira... O Interusp acontecia no feriado de Corpus Christi. A animação começava no ônibus que saía do Rucas com grande parte da turma. A performance esportiva era limitada, mas nossa presença era marcante. Pinga na torcida, TOBALQ arrasava, muitas musiquinhas politicamente incorretas. Entre outras, cantávamos em uníssono : nós viemos pra beber, se ganhar foi sem querer. No alojamento, muitas bombas e baldes d´água. Bombardeávamos também outros alojamentos... São Francisco, Poli. Nosso primeiro Interusp (em 1996) foi em Ourinhos. Certa alma penada rondava pelo alojamento (uma escola antiga) gritando com rouquidão, enrolado em um cobertor. Inesquecível a cena. O banho era frio... E estava gelado. Em 1997: Marília. Não conseguimos entrar na festa de sábado e depois fomos expulsos da Cachaçaria ali em frente (após bombardeio causado por alguns doutores e colegas). Houve uma prévia de Dr Show no salão onde os atletas estavam alojados. Criatividade nunca nos faltou. Se não vingassem como agrônomos, tínhamos muitos candidatos a comediantes. Fogueira e a música mais tocada foi Eva (Ivete Sangalo). Em 1998 fomos para Itapira... Alguém da nossa turma soltou uma porca na quadra, em meio a partida de handebol. Alojamento também era em uma escola. Sofremos pra encontrá-la no subúrbio itapirense, nem sonhávamos com waze naquela época. Em 1999: Indaiatuba. A balada esportista foi na Zoff. Em 2000: Pindamonhangaba.

Entre os eventos piracicabanos, frequentávamos a Festa das Nações. As iguarias de cada país ali representado eram servidas nas respectivas barracas... Os esalqueanos se aglomeravam na Alemanha, não exatamente pela comida... Eventualmente participávamos de algumas festas da Odonto e da Unimep... Retribuindo as visitas que faziam também às nossas festas.

Também no mês de junho tínhamos a festa da Pik-Bao-Preto. Muitas vezes o frio estava forte, causando abstenções.  Finalizávamos o semestre com a festa do GEA / CPZ. Algumas versões foram no terreiro... E finalmente: o xurrasco do bixo. O nosso foi na escola, atrás do Restaurante dos Professores... Caminhão de chopp Brahma, a festa ia longe. Belo trabalho da CI. Ainda sobrava alguma coisa para o dia seguinte. Em 1997 ainda pudemos fazer o xurrasco por ali. Depois no ginásio... Apenas após a nossa formatura, passou a acontecer em chácaras.

Um mês de férias... em agosto voltávamos animados. Era impressionante a transformação corporal daqueles que tinham passado o mês no GEA e CPZ. Estudo de caso para o mundo fitness. Abriu Café Cancun em Piracicaba (já era sucesso em Campinas) e as terças-feiras estavamos por lá. Seu nome é Jack... Tequila. Era uma das músicas que sempre tocava. Skank estava em alta. Interreps na sequencia, para reintegrar... E em setembro um dos eventos mais esperados: a Festa dos Anos 60. Em 1996, ela ainda aconteceu na Covil. Em 1998 me lembro que foi em um local mais afastado (clube do sindicato?). Foi marcante, pois na manhã seguinte tivemos prova de Hidrologia. Devíamos informar com antecedência o calendário de festas para os professores para evitar conflitos deste tipo... Inaceitável. Fomos também a algumas versões dos Anos 60 no Teatro São José. Batida a vontade, todos elegantemente trajados, playlist vintage... O resto a gente ficava sabendo pelos cartazes do Rucas nos dias seguintes. Normalmente repleto de corações.

Melancia Doida... o nome diz tudo. A república se equipava bem para garantir a loucura do evento. 

A primeira Carnapique aconteceu em 1997. Festa na república era realmente especial. Mais esalqueanos e menos forasteiros. Música animada, a turma gostou da idéia... aderiu e caiu no samba.  

Zueira, Ponto de Encontro... Paulinho, o Bozó. Sergião! Eram parte da turma, grandes colaboradores. Baladinhas abriam e fechavam, mudavam de nome... E assim variávamos o repertório. Mellow, na  Carlos Botelho... Depois virou Pachá. O Bailão do Claudião, ao lado da rodoviária, com um tom mais rústico. O karaoke, na Independência (proximo ao Habib´s), onde fizemos alguns encontros do ano, agraciando também terceiros com nosso talento musical.

A primeira edição da Cabaré Senzala foi em 1998. Quando a república era na Independência. Piteiras (também para não fumantes), unhas postiças, meia-arrastão, plumas e paetês. Conseguir todos os acessórios e criar um bom look cabaré era parte do desafio. Os rapazes também se empenhavam, com suspensórios, bigode e gravata borboleta. Boas memórias!  

Tínhamos também algumas festas spot, que não se repetiam. Me lembro de uma Festa do Contrário na Jakrépaguá. Foi divertida. Acredito que fomos a uma Pangea, da Curral (houveram outras edições antes da nossa entrada). O convívio era intenso : escola, aulas, estágios, RUCAS, repúblicas, cervejadas, esportes, jogos, torneios, festas. Piracicaba, um ótimo cenário.

Voltando aos eventos esportivos, tivemos alguns Interagros, mas apenas um ou dois enquanto estavamos na graduação. Foi ótimo o Interagro de 1998, em Piracicaba. ESALQ vitoriosa (não estávamos acostumados, no Interusp o placar era bem diferente). Fomos convidados para participar de um TUSCA em São Carlos. Fui animada para jogar volei (perdemos por WO), e tive que completar o time de basquete. Novamente baixa performance nos jogos, mas a festa foi divertida.

Finalmente chegamos a Fantesão. Um acontecimento... Vinham ônibus de outras cidades para a festa e às vezes encontravamos pessoas bastante inesperadas por lá... era grande. Diziam que as festas na casa eram as melhores, mas não somos desta era. A versão de 1996 foi no Kart. As concentrações eram parte importante. E a criatividade era grande na composição das fantasias. Rolavam rumores sobre os ingredientes das batidas... Ou tavez apenas uma justificativa para eventuais atos insanos?

Fechávamos o ano com a Última Barca, da Fazendinha. Festa que tinha um clima ótimo, fim das provas, início das férias... Boa música. Sem exageros pois no dia seguinte era o xurrasco do quinto ano. Também um momento de despedida... Naqueles xurrascos, vimos pela última vez alguns dos amigos com quem convivemos intesamente.

Mas parte da turma nunca deixou de se encontrar... Muito obrigada ADEALQ!

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