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As Emissões do Conforto (Xinai F 2011)
12/04/2016 - Por willian jun kimuraAtenção: Os textos e artigos reproduzidos nesta seção são de responsabilidade dos autores. O conteúdo publicado não reflete, necessariamente, a opinião da ADEALQ.
paroxetine effet
paroxetine forum goAcorda cedo, desliga o ar-condicionado do quarto, toma banho
no chuveiro elétrico, coloca o pão na torradeira, tira o celular do carregador,
pega torrada e desce para o estacionamento. Sozinho, vai ao posto, abastece o carro
flex com gasolina, chega no
escritório e pega o elevador até o primeiro andar. Ao entrar na sala, liga o
ar-condicionado, pede para o delivery
entregar o almoço e fica o dia todo na frente do computador. Na volta, enfrenta
uma hora e meia de trânsito, chega em casa, corre uma hora na esteira, toma
outro banho, esquenta a janta no micro-ondas, liga o ar-condicionado do quarto
e se prepara para descansar e encarar toda essa rotina no dia seguinte.
O mundo moderno pede para ficarmos plugados e conectados à
tecnologia 24h por dia. Do mesmo modo que aumenta nossa vontade pela comodidade
e nos faz mais dispostos a pagar preços abusivos pelo conforto - ambientalmente
e financeiramente.
Esse comportamento reflete o salto nas emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) do setor de
energia. Em 1990, emitimos cerca de 190 milhões de toneladas de gás carbono
equivalente (tCO2e), 22 anos depois, ultrapassamos a casa dos 400
milhões[1].
O setor de energia foi responsável por 37% das emissões nacionais
de GEE em 2012. Os subsetores energético e transporte
contribuíram com, aproximadamente, 78,5 e 200 milhões tCO2e, respectivamente,
representando mais de 60% do setor.
Em 2014, presenciamos uma das maiores secas na região Sudeste
dos últimos tempos. Além dos problemas de abastecimento, a falta de chuva fez
com que o sistema hidrelétrico ofertasse menos eletricidade à rede, forçando o
acionamento das termelétrica para garantir o fornecimento de energia.
Feito isso, sobraram algumas contas a pagar. Primeiro, com o
custo mais alto das termelétricas, a tarifa de luz ficou mais cara para o
consumidor. Além disso, pela queima de combustíveis fóssil na geração, as emissões
de GEE do sistema elétrico aumentaram 34,4%[2]
em relação a 2013.
Acionar as termelétricas claramente acarreta em prejuízos à
sociedade, mas, de fato, o grande contribuinte para as questões ambientais do
setor energia é o transporte. A precipitada escolha do sistema rodoviário para
ser o principal modal do nosso país vem trazendo consequências sérias ao meio
ambiente.
Nas rodovias, que muitas vezes, deixam a desejar, são litros
e mais litros de diesel queimando para transportar nossa produção Brasil afora.
Dentro das cidades, ainda se carrega a vontade de ter um carro próprio, seja
pela conveniência, por status ou por estilo de vida.
Pior, quando consegue, persiste em ficar horas parados no
trânsito, andar sozinho em carros para cinco pessoas e dar preferência ao uso
da gasolina.
Você tem o direito de escolha. Entretanto, enquanto priorizar
o conforto individual, o coletivo vai pagar a conta - mas, sem opção de
escolha.
Nota: As informações e opiniões expressas neste blog são de responsabilidade única do autor.
Willian
Kimura (Xinai F 2011) Engenheiro Agrônomo com MBA em Agronegócio. Pesquisador na
Agroicone. Ex-Morador da República Pinga Pura.