Cadeia do Plástico mira no Agro brasileiro

Que o Agronegócio brasileiro atravessa uma “fase de ouro” atualmente todo mundo já sabe. É o maior provedor de alimentos para o mundo, grande fornecedor de celulose, pioneiro na geração de energia renovável e com perspectivas ainda mais promissoras para o futuro imediato dado os movimentos erráticos do governo americano de Donald Trump. Não dá para dizer que estamos diante de uma janela de oportunidade. Este sim é um momento de oportunidade de um portal inteiro escancarado à nossa frente. Mas então qual o nosso problema? Como de costume, não temos ninguém, quer seja no governo ou fora dele planejando e trabalhando cenários para aproveitarmos as oportunidades que se apresentam à nossa frente. Do ministério do planejamento, passando pela fazenda até chegar ao da agricultura, nada de novo acontece. Falta-nos visão e ousadia.

Na parte que nos toca, ao contrário, há movimentação da cadeia do plástico para avançar no agronegócio brasileiro. Em visita à feira Plástico Brasil realizada em março em São Paulo, pudemos observar diversos players de olho nessa imensa fatia de oportunidades. Além da Braskem que atua naturalmente em solo tupiniquim, e que conta com um Centro de Engenharia de Plásticos (CEP) na UNICAMP, outras empresas estão se posicionando em busca de um lugar ao sol. Petroquímicas, fabricantes de aditivos, etc. estão se mobilizando para trazer novos produtos, serviços e tecnologias para o empresário rural brasileiro. Mesmo empresas gigantes do agronegócio, como a Cargill por exemplo, trabalha para avançar no segmento do plástico agrícola. Setor aonde tradicionalmente não atua.   

Antonio Bliska Júnior = Turma 83, pesquisador na Unicamp e Presidente do Comitê Brasileiro de Desenvolvimento e Aplicação de Plásticos na Agricultura - COBAPLA