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De Luiz de Queiroz à COP30: o legado de quem pensou o amanhã

08/11/2025 - Por ana maria raab forastieri piccino
Atenção: Os textos e artigos reproduzidos nesta seção são de responsabilidade dos autores. O conteúdo publicado não reflete, necessariamente, a opinião da ADEALQ.

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Aos amigos esalqueanos:

Enquanto o mundo volta seus olhos para a Amazônia e para os debates da COP30, que busca equilibrar os três pilares da Agenda 2030 (social, econômico e ambiental), é impossível não lembrar de onde viemos.

Porque, antes mesmo de o termo “sustentabilidade” existir, Luiz Vicente de Souza Queiroz já nos ensinava o que isso significava na prática.

Em 1895, como nos mostra "ESALQ Sempre" de Dez/24, ele escreveu:

“Com a destruição exagerada das florestas o clima do país modifica-se completamente: as estações tornam-se irregulares, as chuvas ora vêm cedo, ora tarde, ou são escassas ou copiosas demais (...), tudo isso contribui para o mal estar dos habitantes e também para a irregularidade da produção, esterilizando o país pouco a pouco.”

Mais de um século depois, as palavras de Luiz de Queiroz ecoam com a força de quem soube enxergar o futuro. Ele compreendia, muito antes de todos nós, que não há progresso econômico sem equilíbrio ambiental, nem sociedade próspera sem o cuidado com o solo, a água e as florestas.

Luiz de Queiroz foi mais do que o fundador da nossa Escola. Foi um visionário movido por amor à terra, por fé no conhecimento e pela crença de que a agricultura seria a ponte entre o desenvolvimento e o bem-estar coletivo.

Hoje, quando o mundo discute na COP30 como conciliar crescimento e preservação, nós, esalqueanos, sabemos que esse diálogo começou há muito tempo. Ser esalqueano é carregar esse legado: o de unir ciência e sensibilidade; razão e afeto; produção e preservação.

Na COP30, o Brasil se apresenta ao mundo como protagonista. Mas, para nós, esse protagonismo nasceu no coração visionário de Luiz de Queiroz, e vive, até hoje, em cada um de nós que acredita no poder transformador da agricultura.

Saudações Esalqueanas, Maufói (F23)

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