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De volta ao básico (Hulq, F-99)
13/10/2019 - Por marco lorenzzo cunali ripoliAtenção: Os textos e artigos reproduzidos nesta seção são de responsabilidade dos autores. O conteúdo publicado não reflete, necessariamente, a opinião da ADEALQ.
(Publicado na Revista Plant Project)
A “Ergonomia” como um conceito teve sua origem em 1949, durante aa segunda Guerra Mundial, quando se falhou ao usar métodos tradicionais na resolução problemas entre Homem e a Máquina. Devido a guerra e a produção de máquinas novas e cada vez mais complexas, as inovações que não correspondiam ao que se esperava foram atribuídas a falta de entra a Máquina e as capacidades humanas.
Todo desenvolvimento de novos projetos onde haja interação engajamento entre o produto e seu potencial usuário deve contemplar um estudo de ergonomia. O cumprimento dos requisitos ajuda a garantir o uso correto do produto e aumentar o conforto ergonômico proporcionando segurança do usuário. O correto uso da ergonomia ajuda a diminuir as restrições e os custos, melhorando o desempenho das tarefas e a produtividade homem-máquina.
Os acidentes de máquinas observados mais comuns são causados por uma série de fatores: não seguir um sistema de trabalho seguro; uso de máquinas que não são adequadas para a tarefa; não seguir os procedimentos de operação; ausência de dispositivos de segurança ausentes ou defeituosos; manutenção deficiente e a falta de formação do operador
Como medidas de controle é muito perigoso realizar todo o tipo trabalho em máquina quando estiverem ligadas. Deve-se seguir o procedimento de informado pelos fabricantes antes de realizar qualquer manutenção ou ajustes. Certifique-se que os acionamentos estão em neutro, desligue o motor e retire chave. Muitos acidentes fatais e de alta gravidade ocorreram quando os operadores das máquinas tentaram acessar as máquinas com o motor ligado.
As máquinas agrícolas e equipamento podem ter diversas fontes de energia (mecânicas, hidráulicas e elétricas), como por exemplo nas colhedoras de cana com componentes hidráulicos, peças acionadas por motores hidráulicos e controles elétricos para alguns sistemas. Desligue tudo!
Além de todos estes cuidados, a HSE (Health Safety Executive) menciona que é preciso saber se o operador está capacitado a realizar o serviço... Sendo assim, antes de realizar qualquer trabalho com uma máquina agrícola, incluindo a sua operação, manutenção ou reparação, considere:
1) Os operadores estão capacitados a fazer o trabalho?
- Treinamento e cursos relevantes para máquinas estão disponíveis a partir de uma variedade de fontes – incluindo fabricantes/revendedores e por meio de faculdades e outros prestadores de treinamento.
- Não se esqueça que o treinamento é necessário por trabalhadores casuais ou sazonais. Deve-se verificar se todos os contratados que você pretende se usar são competentes-para fazer o trabalho.
- Os trabalhadores não devem usar uma máquina, a menos que estejam devidamente treinados e saibam como usá-lo com segurança.
2) As roupas e os calçados são adequados e estão disponíveis (EPI)?
- Botas de segurança devem ser usadas sempre utilizadas e as roupas não podem se enroscar nas máquinas ou em seus controles.
- Qualquer acessório (incluindo relógios e anéis) que pode causar acidente deve ser– removido e cabelos longos amarrados para trás para que ele não seja pego em partes móveis.
3) Todas as informações foram fornecidas aos operadores?
- O operador deve ler e compreender o manual de instruções e mantê-lo acessível para referência ao longo de informações de avaliações de risco.
- Todos os trabalhadores que operam as máquinas (ex.: colhedoras de cana) devem receber instruções adequadas e treinamento, no caso de manutenção
Precisamos por um momento para e voltar a fazer o básico, especialmente durante um momento onde a tecnologia e inovação estão cada vez mais na mira das propriedades rurais, pois sem o básico não se atinge o máximo de rendimento da atividade agrícola.
O Agro não para!
Marco Lorenzzo Cunali Ripoli, Ph.D. é Engenheiro Agrônomo e Mestre em Máquinas Agrícolas pela ESALQ-USP e Doutor em Energia na Agricultura pela UNESP, executivo, disruptor, multiempreendedor, inovador e mentor. Proprietário da BIOENERGY Consultoria e investidor em empresas. Acesse www.marcoripoli.com