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Disrupção digital (HULQ, F99)

20/06/2020 - Por marco lorenzzo cunali ripoli
Atenção: Os textos e artigos reproduzidos nesta seção são de responsabilidade dos autores. O conteúdo publicado não reflete, necessariamente, a opinião da ADEALQ.

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A agricultura percorreu uma série de revoluções que levaram o rendimento, a eficiência e a rentabilidade a patamares ante inatingíveis. Isso incluiu a implementação da mecanização entre 1900 e 1930, a revolução verde da década de 1960 que responsável por novas e mais resistentes variedades agrícolas, o uso de agroquímicos (e não agrotóxicos) e o aumento da modificação genética de 1990 a 2005.

 

A ascensão da agricultura digital pode ser a mais transformadora e disruptiva de todas elas as anteriores.  A agricultura digital vem mudando a forma como cultivamos, transformando fundamentalmente todas as partes da cadeia de valor do agronegócio.

 

Entre outras coisas, ferramentas digitais devidamente implantadas podem melhorar a fortalecer a resiliência, a rastreabilidade, qualidade das informações e aumentar a transferência, levando a uma melhor segurança alimentar e produtividade.

 

Em muitos países de baixa renda, o uso de tecnologias digitais na agricultura permanece ainda limitado devido à acessibilidade, infraestrutura, questões regulatórias e conscientização.  Existem grupos trabalhando para identificar produtos e serviços digitais promissores que possam ser aplicados para melhorar as práticas agrícolas, a vida dos pequenos agricultores e melhorar as economias destes países.

 

A distância entre a agricultura avançada e a de subsistência está crescendo a uma taxa muito elevada.  O custo de implementação da tecnologia de precisão no mundo desenvolvido vem caindo, a fraca infraestrutura de rede e o capital limitado demonstram que ainda estão muito longe de se beneficiarem desta revolução da agricultura digital. Por outro lado, existem espaços para ganhar.

 

A agricultura digital e "big data" já influenciam o comportamento de compra dos produtores e a forma como as empresas de sementes e agroquímicas comercializam, precificam e vendem produtos.  A melhor quantidade e qualidade de dados permitem um planejamento e entendimento mais precisos das principais necessidades dos clientes, promovendo uma melhor experiencia com o produto.

 

Com a crescente da demanda por alimentos e os desafios que afetam os agricultores mais pobres do mundo aumentando com a ameaça das mudanças climáticas, espalhar os benefícios da agricultura digital é uma necessidade urgente e questão de um bom senso.  A inovação digital vem impactando a cadeia de suprimentos agrícolas.

 

Feiras, congressos e outros eventos digitais ("online") é a melhor e mais rápida maneira mais de ter acesso e receber conhecimento do que está acontecendo de novo no Brasil e no mundo, especialmente durante tempos de pandemia e cancelamento generalizado de férias ao redor do mundo. 

 

É por meio destas plataformas, que expositores e visitantes se comunicarão para melhorar a visão em relação oferta e demanda de novas tecnologias.  É claro, que não substituem o contato presencial e a experiencia do visitante é outra quando "ligando um trator", por exemplo.  Estas novas experiências agregam novas relações, novos horizontes e contribuem ao produtor rural e empresas alcançarem um caminho de sucesso.

 

O Agro não para!

 

Marco Lorenzzo Cunali Ripoli, Ph.D. é Engenheiro Agrônomo e Mestre em Máquinas Agrícolas pela ESALQ-USP e Doutor em Energia na Agricultura pela UNESP, executivo, disruptor, multiempreendedor, inovador e mentor. Proprietário da BIOENERGY Consultoria e investidor em empresas.  Acesse www.marcoripoli.com

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