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Eletrificação? Talvez... (Hulq, F99)
24/08/2021 - Por marco lorenzzo cunali ripoliAtenção: Os textos e artigos reproduzidos nesta seção são de responsabilidade dos autores. O conteúdo publicado não reflete, necessariamente, a opinião da ADEALQ.
O Brasil dispõe do etanol, fonte renovável e sustentável com baixa emissão de poluição, enquanto muitos países europeus Europa já lançaram cronogramas para a proibição do carro a combustão e inúmeras montadoras anunciaram a extinção de modelos no curto prazo, mas o Brasil está fora da corrida tecnológica pelo modelo elétrico.
O dióxido de carbono é o maior responsável pela destruição da camada de ozônio e, por sua vez, efeito estufa.
Carros elétricos promovem uma alta pegada de carbono, pois o seu processo de produção é muito poluente e que se agrava durante o seu uso. Motores elétricos não poluem, mas sua energia é obtida por meio da queima de combustíveis fósseis.
As baterias destes veículos não solucionam o problema ambiental e sua tecnologia de recarga, juntamente com sua autonomia apesar de virem evoluindo ainda levam muito tempo para recarregar.
O futuro dos veículos elétricos na Europa e na Ásia é muito diferente do futuro o Brasil, Índia e Estados Unidos, onde a eletrificação ainda permanece muito distante no horizonte.
Montadoras estudam a realidade brasileira no contexto da eletrificação no mercado dos elétricos e procuram aumentar a performance dos veículos a etanol e híbrido.
O veículo a etanol emite menos quantidade de gases nocivos que seus concorrentes a gasolina e a diesel. Todavia, o veículo elétrico é visto como potencial solução aos centros urbanos que precisam resolver o problema local da poluição.
Esta seria uma ótima resposta para o transporte coletivo urbano onde a eletrificação devida parcela das emissões de gases nocivos nas grandes cidades.
Reduzir a poluição nos grandes centros é um dos principais objetivos da Europa ao investir no carro elétrico como solução de mobilidade. A eletrificação resolve o problema de dependência que o continente tem em relação ao combustível, cuja matéria-prima, o petróleo, é importada de locais como o Oriente Médio.
A Europa não irá investir em biocombustível para veículos motores pois não dispõe de áreas para cultivar matérias-primas necessárias para a produção de etanol e biodiesel para uso automotivo.
Adotar o biocombustível como solução para reduzir a degradação da camada de ozônio seria manter a dependência de matérias-primas importadas. Situação diferente da enfrentada pelos Estados Unidos, o maior produtor de etanol do mundo (oriundo do milho, sendo Brasil maior produtor do mundo de álcool de cana-de-açúcar) que já usa o biocombustível misturado à gasolina, como no Brasil.
O agro não para!
Marco Lorenzzo Cunali Ripoli, Ph.D. é Engenheiro Agrônomo e Mestre em Máquinas Agrícolas pela ESALQ-USP e Doutor em Energia na Agricultura pela UNESP, executivo, disruptor, multiempreendedor, inovador e mentor. Proprietário da BIOENERGY Consultoria, Agri-REX eventos e investidor em empresas. Acesse www.marcoripoli.com