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Esporte é uma Droga (Drepo F70)
07/12/2015 - Por eduardo pires castanho filhoAtenção: Os textos e artigos reproduzidos nesta seção são de responsabilidade dos autores. O conteúdo publicado não reflete, necessariamente, a opinião da ADEALQ.

Inter repúblicas
Imaginem um time de futebol de salão cujos
integrantes estejam bastante "tocados" pela ingestão um pouco descontrolada de
bebidas alcoólicas.
Imaginem esse mesmo time tendo uma
uniformização caótica, todo descamisado, portando roupões de banho e gorros
coloridos.
Agora imaginem mais ainda esse time sair
ganhando da equipe que seria campeã do inter república do ano.
Foi apoteótico, e o primeiro tempo terminou
empatado. Mas, a organização do evento proibiu o abastecimento etílico
continuado do time, argumentando que não era compatível com uma quadra de
esportes. Aí então começou a débâcle com
o time "encantado" a perder rendimento e a não conseguir suportar a pressão do
adversário. Adversário esse que não teve dó, nem piedade e, ao relembrar o
primeiro tempo, descontou com gosto no segundo.
A equipe saiu derrotada, mas com ânimo para
comemorar mais ainda: o importante tinha sido competir!
Over dose.
O lustro 65/70 representou a entrada das
drogas na sociedade piracicabana. Era uma aura de modernidade e válvula de
escape para a repressão política. A Escola e seus estudantes não passaram
imunes à onda, que por sinal só cresceu, variando apenas o motivo.
Na década seguinte o barato eram os cogumelos
que brotavam da Serra de São Pedro, loucura garantida.
Porém, dada até a inexperiência com a
inovação, alguns fatos relacionados ao uso (e ao abuso) das ditas cujas
ensejaram fatos pitorescos.
Um colega certo dia resolveu experimentar o
bagulho, mas queria que o efeito fosse porreta. Arrumaram o fumo e fizeram um
negócio que parecia um cubano de tão grosso e comprido. E começou a "puchação"
e a "seguração", e o colega dizendo que não estava sentindo nada. De repente,
bum! E, agora? Ficou doidão e se sentindo mal, muito mal. Queria que o efeito
passasse, mas qual.
A turma em volta não sabia o que fazer. "vai
procurar alguém que entende desse negócio, para saber o que é que faz".
Trouxeram o "especialista", que de cara falou
o óbvio: "mas tamém, pô! com um treco desse tamanho o que vocês queriam?"
Eduardo Pires Castanho Filho (Drepo F70) Engenheiro Agrônomo, Ex morador da Republica do Pau Doce