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Manejo de Plantas Daninhas em Evidência (Guaimbê)
31/07/2015 - Por evaldo kazushi takizawaAtenção: Os textos e artigos reproduzidos nesta seção são de responsabilidade dos autores. O conteúdo publicado não reflete, necessariamente, a opinião da ADEALQ.

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albuterol otcEvaldo Kazushi Takizawa
(Guaimbê)
Na mesma proporção da
evolução das tecnologias de controle de plantas daninhas a natureza mostra o quanto
seu dinamismo é capaz de superar tudo que o homem criou para controlar as plantas
daninhas, nesta área a resistência de plantas daninhas está em evidência.
A cada nova safra relatos de
biótipos de espécies de plantas daninhas resistentes aos principais grupos
químicos de herbicidas no mercado, isso demonstra o quanto estamos vulneráveis ao
problema de resistência de plantas daninhas aos herbicidas, isso nada mais é que
o resultado da falta do emprego das técnicas agronômicas consagradas.
O sistema de produção
agrícola brasileiro baseado num sistema de controle de pestes sempre por via
química em abandono das técnicas de manejo integrado pode entrar em colapso se os
novos profissionais não se conscientizarem de que a capacidade adaptativa das plantas
daninhas supera qualquer atitude pouco inteligente do homem.
A identificação do Amaranthus palmeri resistente ao
glifosato e herbicidas inibidores de ALS no Estado do Mato Grosso cria uma nova
era no manejo de plantas daninhas, recentemente numa viagem técnica para
avaliação do manejo de plantas daninhas no "Corn Belt" americano
observamos o impacto da seleção de plantas daninhas resistentes tanto na
questão de custos como na dificuldade de condução das culturas.
No caso do Amaranthus palmeri ainda falta uma
investigação mais detalhada para entender como ocorreu seu aparecimento no
Brasil, já que trata se de uma planta exótica na flora brasileira, neste
momento com sua introdução as bases de conhecimento americano podem auxiliar
nas estratégias nacionais.
Com a confirmação da
identificação, o próximo passo é determinar medidas de contenção desta planta
daninha e se possível mantê-la restrita ao local onde se encontra, nos locais
de ocorrência uma estratégia de controle eficaz será necessária para evitar que
os problemas causados pelo Amaranthus
palmeri venha a se repetir, nestes casos sempre o conhecimento e sua
aplicação é a solução.
O amadurecimento da
agricultura empresarial no Cerrado que chega próximo dos trinta anos está
acompanhado de doses de amadorismo e cometemos erros básicos como a introdução
de espécies exóticas de grande potencial de dano que deveria ser a medida
básica de manejo de pestes.
O aparecimento do Amaranthus palmeri agrega mais um custo
no sistema de produção agrícola do Cerrado e mais um fator de dificuldade da
condução das lavouras, resta agora aos contemplados com a presença desta planta
daninha buscar informações em busca da convivência com mais uma nova peste.
Evaldo Kazushi Takizawa (Guaimbê F90), Engenheiro Agrônomo, F 1990 é Sócio da Ceres Consultoria Agronomica, Sócio Mantenedor da ADEALQ e Ex Morador da Republica SS Pau Torto