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O Campo Como Nosso "Google", a Grande Ferramenta de Busca (Guaimbê)
27/05/2015 - Por evaldo kazushi takizawaAtenção: Os textos e artigos reproduzidos nesta seção são de responsabilidade dos autores. O conteúdo publicado não reflete, necessariamente, a opinião da ADEALQ.

*Evaldo
Kazushi Takizawa
Para a geração de engenheiros agrônomos que busca maneiras mais automatizadas ou virtuais de conhecer nossas lavouras a partir de uma sala climatizada e utilizando plataformas em aplicativos de smartphones, falta lembrar que o campo é o ambiente mais fértil para busca de inovações e respostas para os nossos problemas.
Esclarecendo melhor, o
distanciamento da terra pelos profissionais da “terra” levou muitos colegas a
perder o senso crítico e depender de buscas no “Google” para as respostas
pertinentes as dificuldades que encontram nas lavouras.
Por exemplo: quando tivemos grandes surtos da Helicoverpa armigera muitos foram atrás
do “Google” em busca de todas as informações sobre a praga para tomar uma
atitude, mas o tempo dedicado as buscas na internet foram maiores do que o
dedicado ao campo para conhecê-lo in loco.
A partir dos hábitos
observados destas pragas nas lavouras brasileiras que é algo conseguido apenas
com várias horas de sol e chuva sobre a cabeça e somadas as informações das
revisões sobre a praga (“Google”), além de pesquisa de campo é possível estabelecer
uma opinião técnica para elaboração de uma estratégia de contenção.
O cenário agrícola
mudou muito nestes últimos anos e a amplitude dos campos e a larga escala são
os argumentos para justificar o distanciamento do campo, não permitem que as
coletas de informações em pequenos módulos sejam viabilizadas, mas isso parece
mais um pretexto para não ir ao campo.
Não devemos dispensar
as inovações tecnológicas de forma alguma, assim como não devemos esquecer como
foram os procedimentos que os homens sempre aplicaram diante dos problemas
surgidos na agricultura, no campo há uma diversidade muito grande e graças a isso,
além das dificuldades vamos encontrar o caminho para solução, basta estarmos no
campo com olhos aguçados.
Quando a presença no
campo se tornar a maior ferramenta de busca ou o “Google” dos engenheiros
agrônomos as soluções serão mais ágeis e assertivas.