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O Caso da Iluminação da Pista de Atletismo (Guará)
14/04/2015 - Por maurice fabian scaloppiAtenção: Os textos e artigos reproduzidos nesta seção são de responsabilidade dos autores. O conteúdo publicado não reflete, necessariamente, a opinião da ADEALQ.

O movimento estudantil ainda tem força: o
caso da iluminação da pista de atletismo
Nos últimos
anos na ESALQ, pudemos ver uma grande evolução dentro da AAALQ, que, encabeçada
por alunos e alunas extremamente dedicados e dedicadas ao esporte na Escola, montaram
equipes em praticamente todas as modalidades, uniformizaram-nas, trouxeram
profissionais da educação física para treinarem-nas, buscaram participar de
competições fora da cidade e construíram grupos esportivos muito competitivos
no âmbito universitário.
No entanto,
esse crescimento exponencial foi paralelamente acompanhado por um detrimento nas
instalações esportivas na ESALQ, que desde 2009, vem sofrendo baixas a cada
ano. Primeiramente, a piscina, que está desativada e sem perspectivas de
reforma desde então. Depois, as quadras externas pararam de funcionar em 2012.
Na verdade, em um primeiro momento, apenas a quadra poliesportiva, depois a de
basquete. O pessoal do futebol e do rugby, equipes muito tradicionais e que
sempre trazem glórias para nossa Escola, ou treinam no horário do almoço,
estando sujeitos a todos os malefícios que se possa ter treinando neste
horário, principalmente em Piracicaba, que gosta de manter seus termômetros
cima de 30 ºC, ou treinam expremidos entre os dois campos de futebol society,
pois não podem treinar neles, com a justificativa de que eles estragam o
gramado.
Equipe de Atletismo na pista iluminada! - Foto: Amanda Rocha Fiallos (Só-amaña)
Assim, atualmente, nossos alunos-atletas, enfrentam este tipo de condição quando se comprometem com o esporte na ESALQ. Vale lembrar que a quadra interna, do ginásio, divide seu espaço entre oito modalidades esportivas (handebol masculino e feminino, voleibol masculino e feminino, basquetebol masculino e feminino e futsal masculino e feminino). Como, em virtude dos horários de aula da maioria dos estudantes ser diurno, os treinos são após às 18h00, sobram 16 horas semanais para eles dividirem entre si para treinarem. Por fim, a limitação dos recursos financeiros da Atlética faz os alunos-atletas desembolsarem dinheiro próprio para pagarem seus técnicos, viajarem para as competições, se inscreverem em torneio etc. Bom, isso ninguém sabe quando cobram resultados, certo?
Em meio a isso
tudo, a equipe de atletismo foi agraciada com um presente que há muitos anos almeja:
a iluminação da pista de atletismo. Em um período de crise na Universidade e
com todo o cenário negativo para o esporte exposto acima, é compreensível e
imaginável que essa conquista não foi nem um pouco fácil. Resumidamente, para
compartilhar com vocês, acho interessante deixar apenas um dado aqui, porém a conclusão
fica para cada um de vocês, leitores.
Os postes que
solicitamos à Prefeitura do Campus
para a pista eram os que estariam sendo trocados para a instalação do novo
sistema de iluminação na Escola (mas por que a pista e o campo de futebol não
foram incluídos no projeto de restruturação da iluminação do campus, antes de mais nada?). Dessa
forma, reutilizando esse material, acreditávamos que o projeto ficaria
relativamente barato, pois precisaríamos apenas da fiação e outros materiais de
custo não tão expressivo. Para nossa surpresa, fomos informados de que essa obra ficaria em R$ 100.000,00. No entanto, no final
das contas, o valor dos materiais ficou em cerca de R$ 9.500,00 e a mão-de-obra
por conta do pessoal da Prefeitura. Como eu disse, não vou concluir. Mas espero
que essa diferença possa ser explicada algum dia.
A iluminação
da pista tem um caráter esperançoso. Ela mostra que as batalhas em prol de
projetos que atendam as demandas dos estudantes podem dar certo. Faço parte de
uma geração de alunos que só viu as coisas andarem para trás na Seção Esportiva
(falando em termos de infraestrutura), e quando vemos um incremento ou melhora,
é realmente um grande júbilo. Dessa forma, incito os atuais alunos a
acreditarem que na força que tem, principalmente quando unidos em torno de um
ideal comum.
Porém, a
maneira como as reividicações devem ser feitas é o ponto mais importante a ser
considerado. Criticar e cobrar é sempre válido, porém, isso deve ser feito com
base em informações concretas e condizentes com a realidade de cada caso, e não
aleatoriamente ou baseado no tradicional “ouvi dizer que”. Além disso, devem
ser adotadas ações para que as ideias possam se estabelecer. Por sua vez, essas
ações devem ser respeitosas e dentro dos direitos de cada parte.
Particularmente, sempre considerei a diplomacia e o diálogo compreensivo como
ótimas saídas para diversos casos.
Por fim,
esperamos que a comunidade ESALQueana em geral faça uso desta última conquista
comum. A pista é de todos e temos o direito e o dever de usufruir deste
maravilhoso espaço que é a nossa Escola. E que não desistamos de nossa piscina,
de nossas quadras, de nosso restaurante universitário e todas as outras obras
que beneficiam a vida acadêmica. Boas caminhadas e boas corridas noturnas,
agora podemos enxergar!
Maurice Fabian Scaloppi (Guará)
Economista – ESALQ/USP
Graduando em Engenharia Agronômica –
ESALQ/USP
Presidente AAALQ 2011/2012
Diretor de Atletismo 2009/2014
Morador da República Lesma Lerda
Colaboração: Breno Bícego Vieitez de Almeida
(Bicxual)
Engenheiro Agrônomo – ESALQ/USP
Presidente AAALQ 2012/2013
Ex-morador República VakToa