O FOCO NO RETORNO SEM CONSIDERAR OS RISCOS ESTÁ PRIVANDO A VISÃO DE MIRAR O ABISMO EM SUA FRENTE.

A renda agrícola bruta ou mesmo a líquida pode ser uma armadilha sedutora ao agricultor incentivando-o a tomar decisões sem considerar outros fatores como o risco e o perigo inerente do agronegócio, como exemplo, as intempéries climáticas e as oscilações de mercado.

O agronegócio é uma atividade econômica com muitas particularidades com ameaças a cada fase do ciclo da cultura, uma simples onda de frio pode em poucas horas destruir uma lavoura inteira sem que haja qualquer tipo de atitude para conter os estragos.

As técnicas agronômicas tem suas limitações na prevenção de eventos inesperados e o entendimento que em algum momento minha lavoura será alvo desses acontecimentos incomuns é um fato a ser respeitado.

No agronegócio o gerenciamento da escassez sempre foi o emplema representando o entendimento das oscilações normais da atividade agrícola com os momentos de dificuldade alternando com a prosperidade e as reservas dos recursos sempre foram as soluções para a sustentabilidade da atividade.

Os longos períodos de bonança na agricultura podem ser armadilhas para turvar a nossa visão e tornarmos vulneráveis aos tempos ruins que nos aguardam, desta forma cabe salvar parte dos recursos e ter estratégias claras para superar as dificuldades que nos esperam.

Nestes momentos de bons ventos no ambiente agrícola com maior razão torna-se essencial a orientação profissional firmado em princípios agronômicos consagrados e com plena consciência da necessidade do gerenciamentos dos recursos financeiros precavidos nas flutuações ao qual estão sujeitos o agronegócio.

Guaimbê (Evaldo Kazushi Takizawa)

Engenheiro agrônomo F90.

Ex-morador da república SS Pau Torto.