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O que não te contaram sobre Impacto Social

01/10/2025 - Por fábio deboni da silva
Atenção: Os textos e artigos reproduzidos nesta seção são de responsabilidade dos autores. O conteúdo publicado não reflete, necessariamente, a opinião da ADEALQ.

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Já notou amigo(a) leitor(a) que costumamos falar sobre as mesmas coisas pra quem atuam com ESG, sustentabilidade e impacto social? Os mesmos casos de sucesso de sempre, os mesmos porta-vozes e a mesma narrativa, com pouquíssimas variações nas análises. O mais curioso e intrgrigante, a meu ver, é que sequer falamos sobre esse mar de mesmice, enquanto seguimos jurando de pés juntos que precisamos furar a bolha e fazer nossa conversa chegar a mais pessoas. Se alguém puder desenhar como conseguir isso, me avisa tá?

Há tempos eu venho produzindo conteúdo – textos, artigos, posts, livros e podcast – buscando uma linha de pensamento mais lado B, menos óbvia e mais crítica. Olhando assim parece mágico né, mas essa escolha traz vários efeitos colaterais, mas isso é tema pra outro artigo. Meu ponto aqui é tentar refletir sobre a pergunta: O que não te contaram sobre Impacto Social?

São vários pontos que não costumamos falar sobre o assunto. E esse é justamente o mote do meu novo livro – o sexto – lançado em 2024 e disponível aqui: https://caravanagrupoeditorial.com.br/produto/o-que-nao-te-contaram-sobre-impacto-social/

 

Nele eu estruturei essa conversa em 11 pontos, que apresento de forma mais reumida a seguir. Afinal, sabemos que nem tudo são flores na área de ESG, sustentabilidade e impacto social, né? Há muita potência aí sim, mas há também derrapadas  e contradições, sobre as quais pouco dialogamos. É aí que entra o livro.

Eu sei amigo(a) leitor(a), é uma escolha mais desafiadora, mas que precisa ser feita.  Afinal, se vai tudo bem obrigado nessas áreas, porque tanta gente segue adoecendo por aqui? Se todos colaboram entre si, porque tanta postura predatória na disputa por recursos?

Afinal, o que não nos contam sobre impacto social? Muitas coisas. No livro eu apresento 11 questões. Abaixo, um breve resumo delas, sem spoilers, claro:

1.    Há muitas formas de mudar o mundo

- seja com ou sem CNPJ, é possível  sim ‘mudar o mundo’ e, se engana quem pensa, que só um tipo de CNPJ vale. Por outro lado, certos tipos tendem a encontrar maior dificuldade de alavancar recursos e parceiros.  

 

2.    Afinal, vamos mesmo mudar o mundo?

- apesar do nosso corre insano em nossos projetos e organizações, será que estamos mexendo ponteiros pra tornar o mundo mais justo e sustentável? Ou será que o mundo está sendo modificado (para o bem e para o mal) apesar dos nossos esforços?

 

3.    Recursos humanos ou pessoas?

- na era da precarização e flexibilização laboral, como manter as pessoas no centro das nossas organizações?

 

4.    Mais forma do que conteúdo

- precisamos ser um produto de nós mesmos pra nos tornarmos viáveis no mundo das redes (anti) sociais?

 

5.    Fetiche por porcas e parafusos

- se as ferramentas (e suas porcas e parafusos) são meros meios para nos conduzir em direção ao impacto, porque destinamos cada vez mais tempo para elas?

 

6.    Gestão com indigestão

- a boa e velha gestão segue sendo fundamental no campo do impacto, mas porque tão pouco estímulo à ela?

 

7.    Me dá um dinheiro aí

- o bom e velho dinheiro segue sendo tão crucial no setor, mas apesar dos fundos e mundos supostamente despejados pró-impacto, porque está tão difícil captar recursos?

 

8.    Mensurar pero no mucho

- tá bom, é preciso mensurar o impacto que dizemos que estamos gerando, mas quem paga essa conta? Afinal, monitorar ou avaliar?

 

9.    Uma monocultura de porta vozes

- se todos que atuam no setor falam as mesmas coisas e circulam nos mesmos eventos, como ampliar nosso alcance e nossa profundidade?

 

10.  Não basta apenas boa vontade

- afinal, em tempos líquidos onde anda a tão necessária (e sumida) utopia (ou propósito)? Ainda precisamos de uma ou o que importa mesmo é encontrar um bom modelo de negócio?

 

11.  Saúde mental

- a pandemia se foi, mas nossa saúde mental segue nas cordas. Se só há good vibes no setor, porque as pessoas seguem adoecendo?

 

Se alguma destas questões também te intrigou, então te convido a comprar o livro (à venda aqui: https://caravanagrupoeditorial.com.br/produto/o-que-nao-te-contaram-sobre-impacto-social/  e, assim, fortalecer esse trabalho independente. Várias destas questões eu venho abordando no meu podcast. Se não acompanha, te convido a seguir nosso trabalho lá na podosfera: https://open.spotify.com/show/18Ep6T1UihHvuQyBeM6TH1?si=ac5466b9507a4189

 

Seguimos... : )

 

Fábio Deboni (Claidi)

Agrônomo não praticante e mestre em Recursos Florestais pela ESALQ, ex-morador da Atecubanos, escritor, produtor de conteúdo, xereta da inovação social, palmeirense (ninguém é perfeito) e um monte de outras coisas

Publica diariamente textos e artigos em seu blog: https://fabiodeboni.com.br/ e em seu Linkedin: ?www.linkedin.com/in/fabiodeboni além de Episódios semanais do seu podcast, o Impacto na Encruzilhada

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