Blog Esalqueanos

O verdadeiro sentimento de pertencimento! (Ópio; F95)

23/06/2020 - Por paula marques meyer
Atenção: Os textos e artigos reproduzidos nesta seção são de responsabilidade dos autores. O conteúdo publicado não reflete, necessariamente, a opinião da ADEALQ.

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A Esalq é muito mais que uma faculdade... é um vício, uma compulsão, uma lavagem cerebral. Melhor... deve ser uma seita!

Você passa no vestibular e já no primeiro dia de aula, ainda embasbacado com a beleza da Faculdade, se torna e aceita o título de Esalqueano - até que a morte os separe! Esalqueano é igual tiririca, dá em todo lugar... e é difícil de controlar!

Certa vez, perdida em Machu Picchu, maravilhada pela beleza do lugar, e fazendo o maior esforço para entender o espanhol do guia (naquela época nem sonhava em estudar espanhol), escuto ao longe: "Ópio, Ópio, Ópio". O namorado olha para mim, com aquela cara de "Meu Deus, mais uma Tiririca", e diz: "só pode ser com você!" Era o Parmesão, com seu sotaque mineiro arrastado que só.

Outro dia, uma estudante da USP me perguntou: "Onde a senhora se formou?". De pronto, respondi: "Eu sou Esalqueana!". De cara, ela replicou num tom de sarcasmo: "nossa, vocês não falam onde se formaram, vocês se auto-intitulam Esalqueanos". Minha tréplica foi rápida: "Ué, mas eu sou Esalqueana, o que você queria que eu respondesse?".

Em outra ocasião, uma pessoa exclamou, vendo minha camiseta: "Vocês, Esalquenos, não fizeram USP, né? Vocês fizeram ESALQ". Foi aí que me dei conta que em TODAS as minhas camisetas e moletons (e não são poucos) está escrito em letras garrafais: "ESALQ" e, em apenas algumas, usp bem pequenininho!

Nessa toada de quarentena, finalmente, neste fim de semana, fizemos o nosso primeiro happy hour virtual. Afinal, não teremos nossa festa quinquenal em 2020. E é aí, numa tela cheia de carinhas conhecidas, que você descobre que ninguém cresceu, só envelheceu! Parecia um bando de moleque falando bobagem, como se 25 anos não tivessem se passado. E quanta bobagem, quanta risada solta, quanto orgulho de ver essa molecada bem posicionada, com carreiras sólidas. Tem gente na Indonésia, na Itália, no Canadá, na Inglaterra. Um monte de gente espalhada pelo Brasil e um bocado aboletado em Indaiatuba (um caso a ser estudado)!



Tem gente que nunca mais vi, tem gente que vejo a cada 5 anos e tem até aquela sua irmã-gêmea loira, com a qual o contato é quase diário, nem que seja por aquela simples mensagem de "Ei, está tudo bem?".

Nessas décadas, teve gente que se formou, casou e enxertou. Teve gente que enxertou, se formou e casou. Teve gente que se formou e nunca enxertou! E assim é o Ano mais Garotão da ESALQ. Para falar a verdade, o único Ano Garotão de toda a história Esalquena no alto de seus 119 anos. Ano Garotão porque não passava de uma molecada que ia pro canteiro de latossolo roxo (para os leigos: terra roxa estruturada) do Prof. Zilmar Ziller vestida de calça de moleton e tênis nos pés!

Essa roda de garotões "tiriricas" passa por Chicrés, Uells, Scotchs, Juks, Torradinhas, Preçadinhos, Tofofas, Satôs, Papitas, Ruanas, Maneks, Troços, Arapongas, Riffs, Ktus, Ópios e até Tiriricas!

Que continuemos Esalqueanos, moleques e garotões, ajoelhando para os "doutores" e fazendo a bixada ajoelhar, por muitos, muitos e MUITOS anos!
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