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Olha o coqueiro aí... (Hulq, F-99)

02/08/2019 - Por marco lorenzzo cunali ripoli
Atenção: Os textos e artigos reproduzidos nesta seção são de responsabilidade dos autores. O conteúdo publicado não reflete, necessariamente, a opinião da ADEALQ.

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(Artigo publicado na Revista Plant Project)

 

Cada vez mais o consumo de produtos naturais vem aumentando no mundo, onde consumidores vem buscando alimentos com boa qualidade nutricional.  Um exemplo disso é a água de coco que vem se mostrando mais em evidência nos mercados de todo o mundo.  Na última década registrou-se crescimento interessante que estimula este setor.

 

O Brasil é o segundo maior produtor de cocos do mundo, atrás apenas da Indonésia, e como um dos maiores produtores de coco verde tem oportunidade de contribuir para fornecer boa parte da demanda que o mundo consome e ajudar a fortalecer a economia brasileira.  Entretanto, um dos entraves para melhor atender esse mercado é a falta de máquinas e equipamentos para a colheita, devido à altura aonde são produzidos. É preciso desenvolver um sistema mecanizado para a colheita e buscar viabilidade de mecanização.

 

Cada coqueiro apresenta uma formação geométrica diferente do outro o que dificulta uma solução que atenda a cultura e por isso acredita-se que devido este ponto, ainda não houve o nível de atenção merecido de o desenvolvimento de novas soluções

 

Uma solução já existente, porém, ainda em pequena escala, é o uso de variedades de coqueiros geneticamente modificadas que produzem igual, ou até mais volume do que as tradicionais, mas com um grande diferencial – são plantas onde o coco pode ser colhido a altura onde o trabalhador rural não precise nem utilizar uma escada.

 

Os derivados são matérias-primas de grande relevância na indústria, contudo vão muito além da indústria de alimentos.  O coqueiro oferece múltiplas utilizações e pode-se aproveitar praticamente toda sua planta, que em muitas regiões é também conhecida como a Árvore da Vida.  As folhas podem ser usadas para a cobertura de casas nativas, produção de tapetes, painéis, chapéu, cestos. Do tronco pode-se retirar a madeira para uso em marcenarias, construção de casas, pontes, currais. Da raiz são elaborados entre os nativos um tipo de dentifrício e antisséptico.  Dos brotos tenros podemos fazer saladas e conservas. Do coqueiro, o coco é a parte mais bem aproveitada, tanto em qualidade como em quantidade.

 

Outros produtos que podemos obter dos coqueiros:

 

  • Água de coco – Uma das bebidas mais puras, alimentícia e completa da natureza.
  • Leite de coco e coco ralado – Retirado da amêndoa fresca e usados na indústria alimentícia e culinária.
  • Óleo de coco – Óleo mais procurados para panificação, confeitaria, indústria de velas, germicidas e inseticidas.
  • Copra – Produto de maior valor que o coco fornece cuja principal finalidade é a extração do óleo do coco.
  • Torta – Resultado da extração do óleo de coco, muito usada em rações para animais.
  • Casca do caroço – Cuias, conchas, farinheiras, botões, ornamentos.
  • Mesocarpo – Fibra para cordas, tapetes, cabos, redes e escovas.
  • Turfa do coco – Serragem do coco, usada para acolchoamento agrícola.

 

O Agro nao para!

 

Marco Lorenzzo Cunali Ripoli, Ph.D. é Engenheiro Agrônomo e Mestre em Máquinas Agrícolas pela ESALQ-USP e Doutor em Energia na Agricultura pela UNESP, executivo, disruptor, multiempreendedor, inovador e mentor. Proprietário da BIOENERGY Consultoria e investidor em empresas.  Acesse www.marcoripoli.com

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