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Passa na Raça (Drepo F70)
03/06/2016 - Por eduardo pires castanho filhoAtenção: Os textos e artigos reproduzidos nesta seção são de responsabilidade dos autores. O conteúdo publicado não reflete, necessariamente, a opinião da ADEALQ.
1966. Primeiro ano. O final do ano se aproximava e o espectro da Matema aterrorizava. A maioria deveria fazer exame e ficar de segundona, senão DP. As provas finais é que iriam determinar.
Havia uma república, bem
central, aliás, onde dos doze moradores apenas dois com certeza passariam, o
que era uma verdadeira tragédia anunciada.
- "Precisamos
de um plano, negadinha", confabularam.
- "Estamos
dispostos a qualquer coisa".
Um dos integrantes acabou
tendo uma idéia:
- "E, se
conseguíssemos umas dicas diretamente com um professor?"
- "Cê tá maluco. Quem
faria isso?" ninguém achava aquilo possível. Só alguma força extraordinária
possibilitaria tal façanha.
- " "cha comigo",
disse o autor da "idéia".
Ele estava sabendo que havia
um mestre que tinha uma fixação doentia numa guria, que por coincidência era
"amiga" dele, do tal "pai da idéia". Clarividente. O problema era convencê-la a
fazer uns favores ao professor, que não tinha como levá-la a algum lugar romântico
na cidade.
Depois de uma reunião
agitada na república resolveram, então, disponibilizar a casa inteira para a
efeméride.
Após muita conversa a tal
chiquita foi convencida, e combinou que ficaria com o ensinante, só que não
poderia haver ninguém na república, principalmente por causa da reputação do
sôfrego amante.
Marcados o dia e a hora,
preparou- se a alcova e a casa foi evacuada à fórceps, para que a união se
consumasse, o que acabou acontecendo sem percalços. A preocupação se
justificava porque chegaram a achar que o cara poderia ter um treco, tal a sua
sofreguidão.
Terminada a epopéia, tudo
serenado, ficaram na expectativa de cumprimento do acordo.
Todos passaram de ano,
graças aos "estudos realizados"!
Eduardo Pires Castanho Filho (Drepo F70) Engenheiro Agrônomo, Ex morador da Republica do Pau Doce