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SOMOS ESALQ: a ADEALQ nos representa! (Wick; F87)

16/08/2020 - Por warwick do amaral manfrinato
Atenção: Os textos e artigos reproduzidos nesta seção são de responsabilidade dos autores. O conteúdo publicado não reflete, necessariamente, a opinião da ADEALQ.

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Hoje passei o dia refletindo sobre isso. Mas a razão foi maior do que o trivial sentimento saudoso dos tempos de escola, visitar repúblicas, fazer amizades e a diversão das tantas estórias que aconteceram. Foi muito além disso, pois veio de uma breve e curta interação com um de vocês amigos da gloriosa.


Aprendemos muito nos tempos de aulas e tantos ensinamentos. Aprendemos profissionalismo, aprendemos técnicas, compreender tecnologias, gerar conhecimento por aplicarmos a ciência agronômica e levar o ensinamento para o Brasil, pra onde partimos todos agrônomos.


Mas raro foi o sentimento que nesta semana se instalou, numa campanha de adoção da ADEALQ e ao mecanismo dos nós associados à ADEALQ, de nos tornarmos mantenedores. Uma taxa anual que cabe em qualquer dos bolsos de nós agrônomos formados nesta Escola do Monte. Mas ocorre que há cerca de 2-3 meses estamos todos de olhos voltados para essa pandemia maldita, esse advento que tumultuou nossas vidas e todas as perspectivas. Minha área de atuação é a consultoria dos temas ambientais e como empresário desse campo de atividades, muitos dos contratos e propostas em curso de aprovação foram afetados pela Covid-19. Logo, nossos proventos de trabalhos todos reduzidos e por consequência uma atitude mereceu todo o empenho de cautela e restrição. Uma decisão importante de reduzir gastos em tempos difíceis, pensando que as reservas e perspectivas de recebíveis estão e serão afetadas. Assim, aqui no campo de decisão orçamentária tudo foi pensado e uma decisão castiça de evitar gastos foi inevitável.


Mas, nesse momento, veio a campanha da ADEALQ. A nossa festa de 2020, quando completo 35 anos em uma das turmas que me considero parte, foi suspensa. Muitos reclamaram, protestos de vários membros da comunidade. Mas a ADEALQ não faltou em prover a visão de que há mais com o que se preocupar e lançou uma campanha de sócio mantenedor, para cumprir seus objetivos e execução de seus compromissos e orçamentos. Entretanto eu acabara de tomar uma decisão de evitar todos os gastos e ainda não havia me tornado sócio mantenedor. Pois bem, um dos colegas de turma promoveu no grupo de internet, inclusive com aquele espírito saudável da competição entre as turmas, lançou o desafio para que a turma se reposicionasse no rank de sócios mantenedores da ADEALQ, buscando ficarmos entre os top-10 da lista. Com isso apareceu um curioso questionamento: rompo com minha decisão de cautela financeira ou faço uma concessão ideológica sobre a minha decisão econômica? Mesmo o valor sendo acessível além de que os ganhos coletivos da aplicação do recurso pela ADEALQ sendo enormes (inclusive que ajudam alunos afetados pela pandemia), refleti e me mantive seguro na decisão de postergar o pagamento da taxa, mesmo com a ideia me incomodando. Ocorre também que tenho várias atividades de filantropia que participo, contribuo para outras organizações que também me pedem etc., dentre elas várias no campo social, da música, das questões de educação e me senti tranquilo em "passar" essa oportunidade.


Resolvi então dizer aos amigos e amigas do grupo da internet que, dado ao momento de preocupação econômica, eu aguardaria o momento oportuno de um novo momento, e indiquei que reconheço o grande valor dos trabalhos da ADEALQ.


Mas foi aí que algo inesperado aconteceu. Um colega me manda uma mensagem privada dizendo: "manda a conta que eu pago sua taxa e quando você puder, você me paga de volta".... Ora, ora, isso me deixou sem jeito. Inicialmente agradeci e declinei, dizendo que em breve isso se reverteria e eu faria o pagamento da taxa. Mas não foi tão fácil conviver com o tal paradoxo que se instalou na minha cabeça. Refleti que há algo ainda maior do que os ensinamentos e orientações que aprendemos nas aulas de economia, nas aulas de sociologia, ou mesmo da visão agronômica do profissional. Houve nisso um toque que me tirou do centro e mostrou um aspecto muito maior do que a generosidade do amigo, ou da celebração da amizade. Houve na oferta um chamado ao reconhecimento de algo maior que a individualidade e o enorme valor do coletivo que somos.


Por óbvio que eu poderia apenas pagar a taxa, mas o valor de aceitar a oferta do amigo e confeccionar ainda mais a relação de profunda ligação com essa coisa que indicamos como SOMOS ESALQ, foi maior. 


Qual a melhor decisão, então? Se eu simplesmente pagasse a taxa, me acovardaria sobre a minha decisão econômica, que norteia o momento que passo e minha visão de cautela de gastos. Se eu recusasse a oferta do amigo, perderia a oportunidade de celebrar o nexo causal da nossa união e irmandade.


A minha decisão final pertente à amizade. Tornei-me sócio mantenedor da ADEALQ. O reconhecimento da nossa irmandade e integrada matriz de interesses é maior do que os interesses individuais dessa coletividade. E é assim que penso que nós ajudamos o Brasil ir pra frente, "cumprindo missão vitoriosa". SOMOS ESALQ!


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