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Startups? É melhor ficar por dentro! (Maguê; F92)

07/02/2018 - Por marcelo pereira de carvalho
Atenção: Os textos e artigos reproduzidos nesta seção são de responsabilidade dos autores. O conteúdo publicado não reflete, necessariamente, a opinião da ADEALQ.

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As startups cada vez mais vão moldar o futuro tecnológico do Agronegócio. É melhor ficar por dentro!

 

Que o futuro do agronegócio tem a ver com digitalização crescente, pouca gente tem dúvida - já está até se tornando clichê. Mas certamente há muito debate a respeito de quão rápido ou não isso será uma realidade natural no campo. Conectividade, disponibilização de plataformas, criação de novos negócios que entregam valor real ao produtor e mesmo a heterogeneidade no campo impactam na chamada curva de adoção de tecnologia. Que há algo de novo ocorrendo, não se pode negar.

Para quem atua na área, acompanhar isso não é tarefa fácil. Existem ainda muitos desafios e, ao mesmo tempo, é muito difícil para uma pessoa atarefada com suas rotinas do dia-a-dia, acompanhar pelo menos boa parte de tudo que está acontecendo nos bastidores dos desenvolvimentos tecnológicos e da criação de novos negócios que podem inclusive gerar impactos estruturais em como o agricultor consome tecnologias e produtos. Quantos de nós acompanhamos, por exemplo, o projeto do Drone Aquila do Facebook, ou o projeto Loon do Google, que são possíveis soluções para o problema da conectividade no campo? O fato é que a mudança é cada vez mais Rápida, Larga e Profunda. Rápida porque acontece em velocidade exponencial, larga porque atinge todos os mercados sem exceção e profunda porque acontece de forma disruptiva, mudando radicalmente produtos, serviços e modelos de negócios. A pior estratégia que se pode adotar nesse momento é “esperar para ver”.

Quem está observando minimamente esse cenário de mudanças já se deu conta que a dinâmica da inovação é outra e as startups, com estruturas enxutas, processos ágeis, propensão ao risco, desafiando o status quo, reúnem características fundamentais para esse cenário e estão assumindo um papel central. Já foi o tempo em que a inovação era desenvolvida nos departamentos de P&D das grandes empresas. A inovação acontece literalmente em todo lugar. Já é possível encontrar empreendedores de startups, talentos que deixaram grandes empresas, trabalhando em ambientes de coworking que propicia inúmeras conexões – “serendipity”, participando de programas de aceleração suportados por grandes corporações do Agro, sendo mentorados por executivos de empresas líderes em tecnologia, realizando reunião com produtores rurais através de internet para validar suas hipóteses antes de ir testar no campo, com recursos obtidos a partir de investidores anjos, que aportam não somente valor financeiro mas principalmente “know-how” e rede de relacionamentos. Todas essas pessoas envolvidas: empreendedores, mentores, investidores, entre outros “atores” formam o tal do “ecossistema de startups” tanto comentado atualmente. E que, no caso específico do agronegócio, vimos amadurecer de forma considerável nos últimos 2 anos. Suportando o surgimento de uma legião de novos empreendedores e aumentando suas chances de sucesso. Não é à toa que registramos um crescimento relevante de novas startups com soluções para o Agronegócio. Se no primeiro “Censo AgTech Startups Brasil” publicado em 2016, foram identificadas 75 startups, atualmente na base da AgTech Garage existem próximo de 200 startups, muitas delas podem ser encontradas na sua vitrine de tecnologias StartupsAg.

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O que estamos percebendo hoje no campo, como por exemplo, softwares de gestão, uso de drones, imagens de satélite, estações inteligentes para previsão de chuvas, diversos sensores e dispositivos conectados (IoT), soluções para facilitar manejo de pragas, orientar a aplicação de químicos e fertilizantes com precisão entre tantas outras, representam só a ponta do iceberg, cuja forma e tamanho ainda nos são desconhecidos. No agro, muito ainda está por vir com a aplicação mais intensa da inteligência artificial, realidade aumentada e virtual, blockchain, internet das coisas, robótica e até mesmo impressão 3D.

Para entender esse cenário, se manter competitivo e aproveitar as oportunidades – que, diga-se de passagem - são muitas em uma era de mudanças como a que estamos vivendo, teremos que conhecer e nos conectar com o ecossistema de startups. É importante conversar com pessoas que já estão engajadas no meio, participar de programas de mentoria, de eventos relacionados e de missões, como a que a AgTech Garage está promovendo em abril com destino para os EUA.

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Nessa missão, conheceremos novas tecnologias que estão possibilitando a criação de novos modelos de negócio; como as grandes corporações estão se conectando com startups; como aceleradoras participam do processo de criação e expansão do ecossistema de inovação no agro; e, claro, como o produtor utiliza essas tecnologias.

São poucas vagas restantes – o grupo é bastante seleto – mas será ótimo contar com colegas da ESALQ no grupo. Vamos assumir hoje um papel de protagonista na construção do agronegócio do amanhã!

Marcelo P. Carvalho (Maguê; F-92), sócio fundador das empresas AgriPoint e AgTech Garage, Ex Morador da República Boi Véio.

Escrito em co-autoria com José Augusto Tomé, sócio da AgTech Garage.

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