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Tecnologia em florestas (Hulq, F99)

21/12/2018 - Por marco lorenzzo cunali ripoli
Atenção: Os textos e artigos reproduzidos nesta seção são de responsabilidade dos autores. O conteúdo publicado não reflete, necessariamente, a opinião da ADEALQ.

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(Artigo publicado na Revista Plant Project)

 

O setor florestal apresenta jornadas de trabalho ininterruptas que exigem atenção redobrada principalmente durante as operações noturnas.  As operações do campo acabam sofrendo uma pressão muito grande de fornecer matéria-prima para um parque industrial complexo, que opera 24 horas por dia, onde no final das contas produz uma commodity regida pelo mercado internacional.

 

As grandes áreas florestais têm seus desafios e particularidades que podem ser divididos em duas macros etapas.  A Silvicultura é a primeira, que contempla todo o processo de preparo de solo, plantio e tratos culturais até o momento da colheita em si. A colheita a segunda...  Para cada uma destas etapas existem tecnologias muito interessantes em termos de produtividade.

 

No preparo de solo são utilizados tratores agrícolas de última geração, que podem ser configurados para trabalhar nas regiões de florestas plantadas. Tratores de esteiras e skidders que podem ser ajustados para melhor preparo do solo também.

 

Tive a oportunidade de conversar com Thiago Cibim, Gerente Geral de Operações da John Deere Florestal, que reforçou as oportunidades de crescimento da mecanização em ambas etapas.  Ele comenta que ainda que a silvicultura sofra com um avanço tecnológico mais lento, empresas do setor estão trabalhando fortemente para solucionar problemas e proporcionar um negócio mais rentável ao produtor.

 

Uma conta interessante que se faz é que existem por volta de três equipamentos na operação de Silvicultura para cada equipamento durante a colheita, o que demonstra claramente o forte potencial desta atividade.  Na colheita, as soluções são direcionadas para a real necessidade do cliente, desde opções de Cut-to-Length (corte sob medida) e/ou Full Tree.  Por exemplo, harvesters, forwarders e skidders são alguns destes equipamentos de alta tecnologia e seguramente os mais caros de todo o sistema.

 

Tendo em vista o mercado de mais de 9 milhões de hectares plantados no Brasil, a sua importância e sucesso novos entrantes internacionais estão de olho no mercado local, buscando conquistar seu espaço.  Exemplo disso é a empresa Albach Brasil, subsidiaria da europeia Albach Maschinenbau, especializada em máquinas e implementos para processamento de biomassa florestal.  A empresa disponibiliza em seu portfólio um dos mais eficientes trituradores de biomassa do mercado.

 

Este setor ainda é fortemente regulamento pelos níveis de emissões dos motores como qualquer outro segmento agrícola, então desenvolvimento significantes vem ocorrendo neste sentido também.  É isso, muita coisa bacana por aí que a gente nem tem ideia que existe!

 

O Agro não para!

 

* Marco Lorenzzo Cunali Ripoli, Ph.D. é Engenheiro Agrônomo e Mestre em Máquinas Agrícolas pela ESALQ-USP e Doutor em Energia na Agricultura pela UNESP, executivo, disruptor, empreendedor, inovador e mentor. Proprietário da BIOENERGY Consultoria, da ENERGIA DA TERRA empresa de alimentos saudáveis e investidor em empresas.  Acesse www.marcoripoli.com

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